O Governo britânico vai remover, já a partir desta quarta-feira, dia 15 de dezembro, da “lista vermelha” de viagens internacionais, todos os 11 países africanos, incluindo Angola e Moçambique.
Numa declaração no Parlamento, em Londres, o ministro da Saúde do Reino Unido, Sajid Javid, explicou que a medida, introduzida no final de novembro para impedir a entrada de casos da variante Ómicron de covid-19, primeiro identificada na África do Sul, deixou de ser eficaz porque esta já está espalhada no Reino Unido.
Apenas britânicos e residentes no Reino Unido podem viajar dos países na lista vermelha, mas ficam sujeitos a cumprir quarentena de 10 dias num hotel designado e às suas custas.
A partir desta quarta-feira, aplicam-se as regras normais, nomeadamente testes pré-embarque e outro nas primeiras 48 horas após a chegada, sendo obrigatório o isolamento até ser dado um resultado negativo.
O Parlamento britânico encontra-se a debater novas medidas para conter a vaga de casos com a variante Ómicron, nomeadamente a necessidade de apresentar um passe sanitário em discotecas, espetáculos e grandes eventos.
Escócia e País de Gales já têm este sistema em prática, mas a proposta para introduzi-la em Inglaterra é rejeitada por muitos deputados do Partido Conservador devido ao impacto na economia e restringirem as liberdades individuais.
Porém, mesmo se um grande número de deputados decidir desafiar a orientação do Governo, as medidas deverão ser aprovadas graças aos votos do partido Trabalhista, a principal força da oposição.
O ministro da Saúde defendeu a necessidade destas restrições devido à elevada transmissibilidade da variante Ómicron, cujo número de casos está a duplicar a cada dois dias no Reino Unido.