O Governo da República de Angola está a estudar a criação de uma nova companhia aérea que ficará responsável pelos voos domésticos, disse esta semana em Luanda o presidente do conselho de administração da TAAG.
De acordo com Joaquim Cunha, as ligações entre as 17 capitais de província (além do Aeroporto Internacional de Luanda) são actualmente garantidas pela TAAG – Angola Airlines, cuja principal actividade deve estar vocacionada para os voos internacionais.
Além da transportadora aérea de bandeira, também a Sonair, empresa do grupo estatal petrolífero Sonangol, efectua ligações internas, tendo assegurado mais de 46.700 horas de voo em 2014, segundo dados oficiais recolhidos pela agência de notícias portuguesa Lusa.
Na sequência de recentes críticas das províncias à falta de ligações aéreas por parte da TAAG, Joaquim Cunha explicou que a companhia pública viu recentemente reduzida a sua frota para voos domésticos de oito para cinco aeronaves.
Em contrapartida, o número de aeroportos regionais em Angola tem vindo a aumentar, com várias inaugurações nos últimos meses.
Em declarações à Rádio Nacional de Angola (RNA), o administrador da transportadora disse no passado fim-de-semana que o Governo prevê uma reformulação do transporte aéreo dentro do país, que deverá passar pela “constituição de um novo operador doméstico”.
“Que irá ter aeronaves adequadas. Provavelmente assegurando todas as ligações entre as províncias do país”, rematou o presidente do conselho de administração da companhia estatal, que assim se deverá concentrar nos voos internacionais, a partir de Luanda.
- Matéria da autoria da agência noticiosa portuguesa Lusa
- Na imagem vê-se um Beechcraft B1900D da Sonair utilizado em linhas regionais no interior de Angola. Foto de Tony Mangueira Fernandes
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