Trata-se do primeiro voo humanitário de resgate de angolanos que a Comissão Multissectorial de Prevenção e Combate à covid-19 direciona para este país sul-americano de onde já regressaram angolanos em outras circunstâncias e através de outras companhias aéreas, nomeadamente a portuguesa Euro Atlantic Airways.
Assim, um Boeing 777-300ER de bandeira angolana deverá sair do Brasil (país com fortes ligações históricas com Angola) na madrugada do dia 16, com previsões de chegada a Luanda, na tarde da mesma quinta-feira. A bordo viajarão cerca de 250 passageiros, entre os quais estudantes, comerciantes e outros profissionais.
Segundo apurou a ‘Angop’ de fonte aeronáutica, outros voos poderão acontecer para e de outros pontos, desde que autorizados ou orientados pelo Governo, em coordenação com as autoridades desses países e mediante disponibilidade dos Centros de Quarentena.
Esse inédito voo inédito para o Brasil neste período de confinamento acontece cinco meses após o espoletar da doença na cidade chinesa de Wuhan, em dezembro de 2019, e depois de a TAAG ter já resgatado angolanos em Portugal, Turquia, Rússia e China.
Desde março passado que os aviões da TAAG estão a transportar também equipamentos de biossegurança e hospitalares da China e da África do Sul. Deste último país, a companhia aérea angolana transportou, na última quinta-feira, dia 9 de julho, 449 angolanos que já se encontravam em dificuldades neste país da África Austral.
Até ao momento, segundo o Governo angolano já regressaram ao país 5.771 cidadãos angolanos desde o fecho de fronteiras, dos quais 1.470 da África do Sul, 2.158 de Portugal, 512 do Brasil e os restantes de outras origens.
Entre os demais países, de acordo com o ministro de Estado e Chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, Pedro Sebastião constam Cuba, Rússia, Namíbia, Zâmbia, Zimbabué, Índia, Turquia, República do Congo e República Democrática do Congo.
À exceção dos voos dos dias 17 e 18 de março, todos cidadãos cumpriram quarentena institucional nos centros do Calumbo 1 e 2, e em hotéis previamente selecionados pela Comissão e foram submetidos a testes.
Do total dos regressados, informaram as autoridades, comprovou-se 49 casos importados.
- Foto © Tony Mangueira Fernandes