O consórcio russo responsável pela construção e lançamento do primeiro satélite de Angola, oficialmente dado como perdido, vai construir o Angosat-2 sem custos para o erário público angolano, estando a sua colocação em órbita prevista para 2020, anunciou segunda-feira, dia 23 de abril, em Luanda o ministro angolano das Telecomunicações e das Tecnologias de Informação.
José Carvalho da Rocha, ao intervir num encontro com a imprensa com a presença de responsáveis da RSC Energia, a construtora do satélite, disse que enquanto o Angosat-2 não estiver operacional Angola vai, ao abrigo das condições estabelecidas no contrato, receber largura de banda em outro satélite “sem custos.”
O Angosat-1 foi colocado em órbita no dia 26 de dezembro de 2017, a partir do cosmódromo Baikonur, no Casaquistão. A entrada em operações comerciais deveria ter tido início em Abril corrente, mas o ministro salientou que desde o lançamento foram “detectadas perturbações no seu funcionamento, tendo falhado a comunicação com a estação terrestre.”
Igor Frolov, da RSC Energia, disse que face à impossibilidade de estabelecer comunicação foi decidido suspender as operações, a fim de não colocar em risco os outros satélites que estão em órbita.”
O responsável respondia a questões colocadas após a assinatura de uma adenda ao contrato de construção do satélite angolano (de 2005) com o consórcio russo formado pela S.P. Korolev e SC Energia, na presença de representantes do governo de Moscovo e da agência espacial da Rússia, a Roscosmos, que estiveram em visita de trabalho a Angola.
Igor Frolov acrescentou que os trabalhos para tentar recuperar o AngoSat-1 vão continuar até 15 de Maio.