Angra dos Reis, uma localidade no litoral do Rio de Janeiro, muito conhecida por ser destino preferido pela melhor sociedade brasileira, em termos financeiros e económicos, vai ter um novo aeroporto. As mudanças são de tal forma relevantes que o antigo governador do Estado do Rio de Janeiro e actual ministro-chefe da Aviação Civil, Moreira Franco, considerou na semana passada que Angra terá em breve um novo aeroporto.
Serão investidos 12 milhões de reais (cerca de 4 milhões de euros, no aumento de pista de aterragem (de 900 para 1.080 metros de extensão), terá um novo terminal de passageiros com área de 600 metros quadrados, além da instalação de equipamentos para balizamento nocturno e uma torre de controlo.
Outros oito aeroportos do Estado do Rio de Janeiro receberão investimentos do programa de aviação regional que, ao todo, chegará aos 273 milhões de reais (cerca de 91 milhões de euros), esclareceu Moreira Franco que esteve em Angra dos Reis, onde deu a boa nova às forças vivas da localidade.
O aeroporto recebe apenas voos executivos, mas com a ampliação, poderá ser incluído nas rotas nacionais da aviação civil. Segundo o ministro Moreira Franco, o objectivo é desenvolver a região e garantir qualidade de vida aos angrenses. “Vamos fazer com que o aeroporto passe a ser uma ferramenta fundamental para o progresso e crescimento. O aeroporto gera emprego, facilita a locomoção e permite que as pessoas conheçam novas culturas e tenham novas perspectivas”, disse.
Segundo o secretário de Turismo do Rio de Janeiro, Cláudio Magnavita, o incremento da capacidade de passageiros e do movimento de aviões vai quadruplicar a geração de emprego no aeroporto – sendo que 10 pessoas trabalham hoje no terminal de Angra dos Reis. Isso sem contar os empregos indiretos, já que a cidade vive do turismo, das actividades portuárias, pesca e da produção de energia das fábricas de Angra I e II. “O aeroporto é um elemento de esperança”, reforçou o ministro Moreira Franco.
Moreira Franco foi o responsável, em 1989, quando era governador do Rio de Janeiro, pela intervenção no aeroporto de Angra dos Reis. A administração passou das autoridades militares da União para o governo do Estado.