A APG Portugal apresentou quarta-feira em Lisboa aos agentes de viagens nacionais o seu produto APG-IET, que lhes permite emitir bilhetes de 93 companhias aéreas, 42 das quais não estão no BSP, e bilhetes conjuntos de companhias que não têm acordos de ‘interline’ entre elas, garantindo apoio aos agentes com “resposta imediata”.
O APG-IET permite ainda às agências emitir bilhetes de uma companhia aérea mesmo sem ter ‘chapa’ dessa transportadora, como frisou a directora executiva do produto IET da APG, Ophélie Cherdrong.
Em declarações ao ‘PressTUR’, Ophélie Cherdrong explicou que o produto foi criado em 2008, “quando o bilhete em papel desapareceu” e as companhias aéreas “perderam todos os acordos de ‘interline’ devido à criação do e-ticket”.
Actualmente, estabelecer um acordo de ‘interline’ entre duas companhias aéreas através do e-ticket é mais complicado, “porque custa muito dinheiro”, o que levou a APG a “fazer uma parceria com uma companhia aérea, a Heli Air Monaco, que tem o código YO-747” e a partir daí estabelecer vários IET (interline e-ticket).
“Queremos ser a ponte entre as companhias e a YO”, frisou por sua vez Rute Rapaz, responsável da APG Portugal, na apresentação em Lisboa.
O acordo inclui 93 companhias aéreas e, assim, as agências de viagens podem emitir bilhetes dessas 93 transportadoras com o código YO-747 através dos GDS.
Das 93 companhias aéreas, 21 são da Ásia e Pacífico, 15 das Américas, 15 do Médio Oriente e Ásia Central, 20 de África e 22 da Europa.
Em Portugal, a Air Namibia é a companhia aérea líder em vendas através do APG-IET, mas, como explicou Raul Gonçalves, responsável da APG Portugal, “o produto ainda não é muito conhecido”.
“E constatámos isso porque começámos a ser mais agressivos em promoção e passámos a ter crescimentos percentuais de três dígitos todos os meses”, acrescentou Raul Gonçalves, ao reforçar ainda as vantagens que este produto tem a nível local quando comparado com outros produtos concorrentes.
“O produto IET, o bilhete da Heli Air Monaco, dá outra confiança ao cliente porque temos diferentes seguros”, por um lado, e, por outro, porque “temos apoio permanente através do nosso escritório em Portugal que pode ajudar o agente de viagens a compreender melhor o produto”.
E mais: “se houver um problema com um bilhete interline da Heli Air Monaco os agentes de viagens terão suporte aqui no País, poderão falar em português com pessoas que percebem a questão e terão uma resposta imediata”.
Outra das vantagens destacadas por Raul Gonçalves foi a questão dos reembolsos automáticos: “não é necessário fazer um pedido especial; faz-se como com uma companhia normal que tem a possibilidade de fazer um reembolso num GDS”.