Austral quer vender 22 aviões E-190 para pagar dívida a banco brasileiro

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A Aerolíneas Argentinas não consegue vender os aviões Embraer encomendados pela anterior administração da companhia, ao tempo da presidência de Cristina Kirchner (2007-2015), noticia o jornal ‘La Nación’ que se publica em Buenos Aires. A situação está a preocupar os atuais gestores da companhia aérea de bandeira da Argentina, já que nem conseguem vender os aviões, nem conseguem pagar a dívida contraída com um banco brasileiro que financiou a compra.

Segundo o jornal, na linha de outras notícias já conhecidas, os aviões terão sido comprados por preços inflacionados, já que cada uma das 22 aeronaves adquiridas à fábrica brasileira terá custado 34,9 milhões de dólares norte-americanos, quando os preços de mercado ao tempo estavam avaliados em cerca de 30 milhões. Hoje no mercado de segunda mão, embora com pouca utilização, os aviões Embraer E-190 que voam na companhia regional Austral, subsidiária da Aerolíneas Argentinas, não valem mais do que 12 milhões de dólares cada.

Embora no lado brasileiro não se conheçam repercussões oficiais sobre esta matéria, o certo é que o Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDS), que financiou a operação, está para receber 360 milhões de dólares. A venda dos aviões pelo preço atual de mercado não cobriria a dívida da companhia aérea argentina, que foi avalizada pelo Governo de Buenos Aires.

Desde há muito que analistas de viagens e de transportes chamaram a atenção para o facto do mercado argentino de transporte aéreo estar a crescer muito mais do que estava previsto e que a aquisição dos Embraer, ainda por cima por um preço acima do normal (por razões que se desconhecem, mas que só podem ter a ver com a amizade político-partidária dos dois regimes há dez anos) não se adequava às perspectivas.

Contudo, o jornal ‘La Nación’ refere que encontrou junto da Aerolíneas Argentinas alguma habilidade em lidar com a situação: “O racional da análise de venda é avaliar a possibilidade de substituir estes aviões por aparelhos maiores de acordo com o mercado que cresce. O diferencial de preço é mínimo se tomarmos em conta que irão ser vendidos mais lugares em cada voo”, respondeu a companhia argentina.

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