Auto rotações de cortar a respiração em R44 Raven, filmadas na Rússia

Data:

https://arabaviationsummit.net/spot_img

O vídeo que partilhamos, tem mais de um ano, foi captado num planície russa, e aparentemente amigos do realizador aos comandos de Robinsons 44 Ravens, treinam uma serie de auto-rotações, que colocam os helicópteros em atitudes dramáticas,  que apresentamos no vídeo mais abaixo.

 

O que é auto-rotação? 

Para um helicóptero a palavra auto rotação refere-se à manobra descendente quando o motor está desligado do sistema do rotor principal e as pás do rotor passam a funcionar, exclusivamente graças ao fluxo de ar ascendente.
A unidade de roda livre é um mecanismo especial de embraiagem que desengata de cada vez que as rpm do motor são menores do que as do rotor. Se o motor falha, a unidade de roda livre desengata-se do motor do rotor principal, permitindo que este rode livremente.
A situação mais comum de auto rotação acontece quando se dá uma avaria ou paragem do motor, mas esta manobra também pode ser efetuada, uma vez que não existe torque na auto rotação, na eventualidade de uma falha total do rotor de cauda, ou após falha da efetividade do mesmo.
Se a altitude o permitir, a auto rotação também pode ser utilizada para contrariar o vórtex. Em qualquer caso, uma aterragem bem sucedida depende da altitude e da velocidade do helicóptero aquando do início da auto rotação.

No momento da paragem de motor, as pás do rotor principal estão a produzir elevação e propulsão graças ao seu ângulo de ataque e velocidade. Ao diminuir, de imediato, o passo colectivo, o piloto reduz a elevação e o coeficiente de resistência, iniciando a descida e permitindo que o fluxo de ar a passar pelo rotor principal seja capaz de manter as rpm suficientes para toda a descida. Uma vez que durante a auto rotação o rotor de cauda é operado pela transmissão do rotor principal o controlo de direção é mantido como num voo normal.
São vários os factores que afectam a taxa de descida em auto rotação: altitude de densidade, peso, rpm do rotor e velocidade para a frente. O controlo primário do piloto durante a descida é a velocidade do ar. Velocidades baixas ou altas são obtidas com o controlo do passo cíclico, tal como num voo normal. A taxa de descida é alta se a velocidade do ar for zero e diminui para o mínimo a velocidades entre os 50 e os 90 nós, dependendo do tipo de helicóptero e das variáveis acima mencionadas. À medida que a velocidade do ar aumenta acima destes valores, a taxa de descida volta a aumentar. Mesmo quando a velocidade do ar indica zero, o rotor é efectivo uma vez que tem o coeficiência de resistência de um paraquedas.

A rotação mais longa da história foi efectuada por Jean Boulet em 1972 quando, ao atingir a altitude recorde de 12440 metros num Aérospatiale Lama, ele reduziu a potência do motor. A temperatura de -63º C provocou a paragem do mesmo. O piloto acabou por aterrar em segurança.

 

Compartilhar publicação:

REGISTE-SE

spot_img

Popular

spot_img

Mais como isso
Relacionado

Contrato com a Binter para as ligações interilhas na Madeira prorrogado até setembro

A companhia aérea espanhola Binter vai assegurar por mais...

EuroAtlantic anuncia mudanças na equipa de gestão e nova injeção de capital do acionista

A companhia aérea portuguesa ‘Euro Atlantic Airways – Transportes...

Pilotos da TACV – Cabo Verde Airlines marcam greve de cinco dias entre 25 e 29 de abril

O Sindicato Nacional dos Pilotos da Aviação Civil (SNPAC)...

Luís Rodrigues completa primeiro ano à frente da TAP marcado por lucro recorde

O presidente da TAP, Luís Rodrigues, completa neste domingo,...