A falta de assistência a milhares de pessoas nos dias de maior movimento e de partida para férias levantou uma acesa polémica em Itália. Como alvo, a Vueling, a companhia de baixo custo integrada no gigante IAG, que as autoridades italianas criticam pela lentidão em recuperar a normalidade, na sequência de um incêndio perto das suas pistas no aeroporto romano de Fiumicino, na quarta-feira passada, a que se somou na sexta-feira, um corte de energia que afectou as suas instalações e reduziu temporariamente a sua operacionalidade.
“Vi passageiros abandonados como animais e isto não deveria ter acontecido”, disse o ministro italiano dos Transportes, Graziano del Rio, ao jornal “La Repubblica”. “A Vueling cancelou todos os seus voos e não deu assistência aos seus passageiros”, acrescentou. A Aviação Civil italiana (ENAC), que já tinha chamado à atenção da Vueling por ter cancelado muitos voos, depois de ter entrado em contacto com as autoridades espanholas, redobrou a pressão ao ameaçar com a retirada das licenças de voo para Itália.
O director de produção da Vueling, Fernando Val, mudou-se para Itália para dar uma conferência de imprensa. O porta-voz da companhia aérea de baixo custo espanhola frisou que os atrasos e cancelamentos de voos em Fiumicino tinham afectado, “aproximadamente, 1500 pessoas” e assegurou que a companhia está a trabalhar para “voltar à normalidade. Temos 57 partidas diárias do aeroporto de Fiumicino e os problemas que temos tido nos últimos dias representam somente uma percentagem de 3 a 4%”, sublinhou. A Aviação Civil de Itália vai reunir-se com os gestores do aeroporto romano no próximo dia 6 de Agosto para avaliar a resposta aos cancelamentos e atrasos provocados pelo incêndio e pelo corte eléctrico que tiveram lugar nos últimos dias.