A Avianca Holdings, SA recusou uma proposta para comprar a OceanAir Linhas Aéreas SA. A ideia terá partido do presidente do conselho e accionista maioritário da Avianca Germán Efromovich. O empresário tentou convencer os restantes proprietários da companhia aérea colombiana a adquirir a empresa que opera sob o nome Avianca Brasil, ao abrigo de um acordo de licenciamento. Eframovich é também, em conjunto com o irmão, accionista maioritário da OceanAir.
A Avianca já havia rejeitado uma opção de compra da empresa aérea brasileira em 2010 e ainda não recebeu todo o dinheiro pelo leasing e pelo capital investido quando a opção estava ainda pendente. No entanto, a Avianca Holdings enviou executivos ao Brasil para uma auditoria à empresa antes de rejeitar o acordo. A tentativa de Efromovich surge numa altura em que se assiste à pior recessão dos últimos 25 anos, facto que está a castigar as linhas aéreas brasileiras que assistem a uma diminuição da procura e à pressão da subida do dólar em relação ao real. O empresário afirmou, em Setembro, que quer “sobreviver até ao final de 2017” e que prevê uma recuperação em 2018 e disse ainda que a Avianca Brasil “está a gerar um lucro, pequeno mas lucro e que, considerando as actuais circunstâncias, a empresa até se está a sair bem”. As acções das companhias aéreas latino-americanas desvalorizaram 47% este ano. A brasileira Gol Linhas Aéreas Inteligentes, SA encabeça os prejuízos com uma queda de 75%, seguida pela Avianca que perdeu 49%.