O novo avião de passageiros chinês C919 fez nesta quinta-feira, dia 28 de setembro, o seu segundo teste de voo, precisamente 146 dias depois do voo inaugural, nos céus da cidade de Xangai.
O voo, segundo anunciou a própria empresa construtora, a COMAC, demorou três vez mais tempo (duas horas e 46 minutos) que o voo de estreia da aeronave, que vai continuar o programa de testes depois de um período em terra, em que foram testados diversos sistemas da nova aeronave já considerada de grande porte, com capacidade para transportar entre 150 e 170 passageiros.
Na semana passada a Empresa de Aviões Comerciais da China (COMAC, na sigla em inglês), que fabrica o C919, assinou contratos com quatro companhias de leasing nacionais para aquisição de mais 140 aeronaves deste modelo, elevando para 730 o número de ordens firmes. Tratou-se também da primeira grande venda depois do voo inaugural realizado no dia 5 de maio passado. No total 27 companhias aéreas e de leasing já confirmaram a aquisição do novo aparelho, incluindo a Air China.
A fábrica chinesa prevê construir seis aviões para voos de teste. Espera-se que a segunda aeronave realize o seu voo inaugural no fim deste ano.
Com uma autonomia padrão de 4.075 quilômetros, o C919 é um avião a jato para transporte de passageiros feito pela China, com desenho nacional, comparável à uma versão melhorada do Airbus 320 e à nova geração do Boeing 737. A maioria dos componentes incorporados são de patente ocidental, se bem que muitos fabricados na China, sendo os motores CFM International, marca que resulta da associação das fábricas norte-americana General Electric e francesa Safran.