Avião da LaMia ficou sem combustível e descolou com peso a mais – com vídeo

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O relatório preliminar oficial do acidente do avião da companhia boliviana Lamia Corporation que caiu na Colômbia com a equipa de futebol do Chapecoense confirma as suspeitas de que a aeronave ficou sem combustível no momento da aproximação final ao Aeroporto de Medellín, onde deveria aterrar no dia 28 de novembro. Além do mais descolara com peso a mais e utilizou uma altitude de voo para a qual não estava certificado.

A Direção-Geral da Aeronáutica Civil da Colômbia (Aerocivil) apresentou na manhã desta segunda-feira, dia 26 de dezembro, o relatório preliminar oficial do acidente aéreo com o avião AVRO 146 RJ85, matrícula CP-2933, da empresa boliviana Lamia Corporation, que embateu contra uma montanha em Antioquia, poucos quilómetros antes de pousar no Aeroporto de Medellín, para onde se dirigia.

O desastre que se verificou na madrugada do dia 28 de novembro, provocou a morte de 71 pessoas, entre passageiros e tripulantes. A bordo seguia a equipa de futebol do Chapecoense, do Estado de Santa Catarina, no Brasil, que ia disputar o jogo da final da Copa Sul-Americana 2016 com o campeão boliviano, o Atlético de Medellín. Além da comitiva desportiva, futebolistas, dirigentes e apoiantes, seguiam 22 jornalistas brasileiros. Sobreviveram seis pessoas.

O relatório preliminar foi apresentado na manhã desta segunda-feira, na primeira Oitava do Dia de Natal, durante uma conferência de imprensa, pelo diretor-geral da Aeronáutica Civil, Alfredo Bocanegra Varón, que disse que o trabalho que foi revelado aos jornalistas e que agora abre um novo debate sobre o acidente da imprensa sul-americana, nomeadamente na Colômbia e no Brasil, foi resultado de um rigoroso inquérito conduzido por 23 profissionais especializados, dos quais 10 da Colômbia e os restantes estrangeiros (oriundos do Brasil, Bolívia, Reino Unido e Estados Unidos da América). Alfredo Bocanegra prometeu que o inquérito final estará pronto no mês de abril de 2017.

O relatório preliminar resulta das investigações levadas a cabo no local do acidente, com testemunhas da queda do aparelho e sobretudo com alguns dos sobreviventes, entre eles um tripulante. As ‘caixas negras’ foram levadas por três investigadores colombianos ao Reino Unido, país de construção da aeronave acidentado (British Aerospace), onde foram reproduzidos e interpretados os registos de voz da tripulação e dos dados das últimas manobras da aeronave.

Uma outra equipa de investigadores da Aerocivil, coordenado pelo coronel Freddy Bonilla, secretário de Segurança Aérea da Colômbia, também presente na conferência de imprensa, deslocou-se à Bolívia, país de registo da aeronave e da empresa que operava o voo, onde pretendia recolher mais elementos, nomeadamente documentos e evidências junto das autoridades aeronáuticas e do Ministério Público do país. Neste processo a Administração dos Aeroportos e Serviços Auxiliares de Navegação Aérea (AASANA) da Bolívia não disponibilizou nem forneceu a informação solicitada pelos investigadores colombianos.

 

A Aerocivil distribuiu um documento, que está disponível no canal ‘YouTube’, ao qual os nossos leitores podem aceder em seguida e que mostra os factos confirmados até agora e que serviram de base a este relatório preliminar oficial. O documento está escrito e falado em espanhol:

 

 

 

 

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