O Aeroporto Internacional de Faro/Algarve esteve na manhã desta terça-feira, dia 2 de fevereiro, sob ‘alerta amarelo’ devido a uma ameaça de bomba a bordo de um avião A319 (matrícula CS-TTR) da TAP Portugal que deveria sair pelas 06h05 (TP1900) com destino a Lisboa.
Segundo informação da TAP os passageiros ainda não tinham embarcado quando a ameaça foi consumada através de diversos telefonemas anónimos em português, segundo informou depois a Polícia Judiciária em Faro.
As autoridades policiais e equipas de socorristas, com ambulâncias, convergiram para junto do aparelho, tendo o tráfego no aeroporto sido suspenso até cerca das 09h00 da manhã, quando uma brigada especializada da Polícia de Segurança Pública (PSP) terminou a inspecção ao avião sem ter detetado qualquer anomalia ou ameaça à segurança do aparelho ou dos passageiros.
Os 38 passageiros que deveriam seguir no avião alvo da falsa ameaça de bomba embarcaram para Lisboa num outro voo da TAP (TP1908) efetuado por um avião da PGA – Portugália Airlines (um Fokker F100 com a matrícula CS-TPB) que saiu de Faro às 11h31 e pousou na capital portuguesa pelas 11h57 locais.
“Devido à situação de ‘stress’ verificada com todos os procedimentos relativos à ameaça de bomba, e para acautelar a tranquilidade da operação, os 38 passageiros que estavam a bordo do avião vão ser transportados para Lisboa num outro aparelho”, disse uma fonte da companhia aérea portuguesa à agência Lusa.
Entretanto, uma fonte da ANA Aeroportos de Portugal, empresa concessionária da estrutura aeroportuária algarvia, disse à agência noticiosa portuguesa que a situação “já está normalizada”, tendo o ‘alerta laranja’ sido levantado.
A mesma fonte explicou que são as autoridades do aeroporto que ativam os planos de emergência e decretam os alertas “amarelo, laranja e vermelho”, consoante a ameaça.
O alerta é decretado pelo Comité de Emergência do Aeroporto, que reúne várias entidades, inclusive as autoridades policiais.
Em declarações aos jornalistas na zona de partidas do Aeroporto de Faro, o diretor da Polícia Judiciária (PJ) em Faro, Luís Mota Carmo, adiantou que houve vários telefonemas para as autoridades que referiam a existência de uma bomba “com determinadas características” no interior do avião.
O director da PJ de Faro, autoridade com a tutela criminal para este tipo de situações, acrescentou que vai ser iniciada uma investigação para determinar “a origem dos telefonemas e identificar a pessoa que os fez”.
Segundo aquele responsável, a secção de minas e armadilhas da PSP despistou a existência do engenho na aeronave e “verificou-se que efectivamente não existia”.
Luís Mota Carmo acrescentou que a ameaça foi feita em língua portuguesa, mas escusou-se a adiantar se foi um homem ou uma mulher, dizendo apenas que houve mais do que um telefonema.
- Notícia actualizada às 12h30 UTC de terça-feira, dia 2 de fevereiro.