A AZUL – Linhas Aéreas Brasileiras anunciou nesta segunda-feira, dia 11 de março, que assinou um acordo de intenção para comprar parte das operações da Avianca Brasil por 105 milhões de dólares norte-americanos (93,6 milhões de euros ao câmbio atual).
Segundo a imprensa brasileira o negócio em perspectiva inclui o certificado de operador aéreo (COA) da Avianca Brasil, 70 pares de slots (direitos de aterragem e descolagem em aeroportos nacionais e internacionais) e cerca de 30 aeronaves Airbus A320, que estão a ser reclamadas pelas empresas de leasing internacionais, por falta de pagamento.
A Avianca Brasil que está em recuperação judicial desde o passado mês de dezembro, informou em comunicado que a prioridade das negociações entre a empresa e a Azul é fazer com que passageiros e funcionários tenham os seus direitos garantidos e que as operações não sofram alterações.
A aquisição, se for adiante, será feira através de uma Unidade Produtiva Isolada (UPI) de acordo com a Lei de Falências e Recuperação Judicial. O processo de aquisição dos ativos está sujeito a condições, como a conclusão de um processo de diligência, a aprovação de órgãos reguladores e credores, assim como a conclusão do processo de recuperação judicial. A expectativa é que esse processo dure até três meses, informou a Azul, também em comunicado, distribuído na manhã desta segunda-feira.
Não obstante a perspetiva de concretização deste negócio com a mais jovem companhia aérea brasileira (de entre as grandes, com mais de uma centena aviões ao serviço), controlada por David Neeleman (na imagem de abertura), a Avianca Brasil informou que a revisão do seu plano de recuperação judicial será apresentada nos próximos dias, com a nova estrutura da empresa que terá como foco suas rotas estratégicas. Há, portanto, uma nova visão para a continuidade da Avianca no mercado brasileiro, dedicando-se a um nicho de clientes, supostamente de menor dimensão.
“Com isso, Avianca Brasil se tornará mais forte e viável para enfrentar a atual conjuntura do mercado brasileiro”, informou a companhia, que adiantou que pretende realizar a assembleia geral de credores o “mais breve possível” e reforçou que segue operando normalmente.
- Imagem de abertura © Roberto Caiafa