Um Boeing 777-200ER da Euro Atlantic Airways (EAA) aterrou na manhã deste sábado, dia 28 de março, no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, na cidade de Luanda, com um carregamento de diverso equipamento médico e de proteção sanitária para o combate à pandemia de covid-19, que está já a registar infetados no País.
O avião da EAA, matrícula CS-TFM, fez a viagem entre a cidade de Houston e a capital angolana em voo direto de 13h38, tendo aterrado pelas 11h05 locais com um carregamento de 30 toneladas de equipamento de fornecedores norte-americanos para o ministério da Saúde de Angola. Entre o equipamento desembarcada destacam-se alguns ventiladores e medicamentos que serão utilizados nos hospitais angolanos, além de vário equipamento de proteção.
Esta semana Angola já tinha recebido um carregamento de material para uso hospitalar, oferta das fundações chinesas Jack Ma e Alibaba, que foi transportado num voos especial feito por um avião cargueiro da Ethiopian Airlines, como aliás aconteceu para outros países africanos (LINK notícia relacionada). Na quinta-feira, dia 26, um Boeing 777-300ER da TAAG – Linhas Aéreas de Angola esteve em Lisboa, onde embarcou diverso material hospitalar, adquirido em Portugal para hospitais angolanos e para enfrentar um eventual surto de doentes de covid-19. O avião, matrícula D2-TEH, aterrou em Luanda ao fim da tarde desta sexta-feira, dia 27.
Angola está em estado de emergência, o que obriga ao isolamento social da população
Entretanto, em Luanda, a ministra da Saúde angolana, Sílvia Lutucuta, anunciou um novo caso positivo de infeção pelo coronavírus, elevando para cinco o número total de doentes identificados com a covid-19.
Segundo a ministra, encontram-se em Angola atualmente 886 pessoas em quarentena a nível nacional, das quais 535 distribuídas pelos centros de quarentena institucional em Luanda, existindo igualmente “um número importante de pessoas em quarentena domiciliar”.
No segundo dia do estado de emergência declarado em Angola, que impõe restrições à circulação de pessoas, a ministra apelou ainda para o respeito pelas medidas de isolamento e quarentena.
“Faço um apelo aos angolanos de que é importante o isolamento social para conter a cadeia de transmissão do vírus”, afirmou Sílvia Lutucuta, lembrando que “o contágio por esta doença é muito fácil.
“Não queremos mais doenças em Angola, temos outras epidemias e doenças endémicas com que lutamos”, reforçou, pedindo aos angolanos “que fiquem em casa” e só saiam em caso de extrema necessidade ou se as necessidades de trabalho assim o exigirem.
No que diz respeito a equipamentos, Angola necessita de 600 ventiladores, tendo nesta altura pouco mais de 120. “Estamos a fazer aquisição de mais 380”, referiu.
Quanto a materiais de biossegurança, adiantou que foi praticamente esgotado o mercado local, estando igualmente a ser feitas mais compras em países como África do Sul e China.
- Foto © EuroAtlantic Airways
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