A Bestfly, operadora dos voos domésticos em Cabo Verde, e representantes sindicais deverão reunir-se no início desta próxima semana para negociações laborais, após um pré-aviso de greve divulgado na quinta-feira, dia 12 de outubro (LINK notícia relacionada).
“Vamos estar reunidos na próxima semana. A nossa postura tem sido sempre de abertura ao diálogo”, referiu à agência portuguesa de notícias ‘Lusa’, Américo Borges, diretor-geral da companhia aérea.
O Sindicato de Transportes, Telecomunicações, Hotelaria e Turismo (SITTHUR) rubricou na quinta-feira um pré-aviso de paralisação de 24 a 26 de outubro (um documento inicial anunciava dias 18 e 19 de outubro) com cinco reivindicações.
Os pilotos pedem uma atualização salarial e de regalias (como subsídio de alimentação e combustível), pagamento de feriados, pagamento atempado de ajudas de custo, reativação do seguro de licença e facilidades de transporte.
O diretor-geral da companhia disse que o caderno reivindicativo foi entregue ainda em setembro, após “reuniões com os representantes sindicais” que decorreram “de forma cordial e amena”.
A Bestfly respondeu a 3 de outubro com um caderno de propostas, aberto a negociações, e o sindicato confirmou na sexta-feira, dia 13 de outubro, a disponibilidade para reuniões na próxima semana, indicou Américo Borges.
O diretor-geral da Bestfly reservou detalhes sobre as propostas laborais para a mesa negocial.
Amílcar Neves, secretário-permanente do SITTHUR, confirmou à ‘Lusa’ o agendamento das negociações, reiterando “abertura ao diálogo, não obstante o pré-aviso de greve”.
A paralisação será o último recurso, observou.
As propostas apresentadas pela empresa no início do mês não foram suficientes para convencer os cerca de 15 pilotos, indicou o líder sindical, realçando que “tudo vai depender do que se conseguir” alcançar na próxima semana.