A companhia BestFly transportou mais de 30.000 passageiros nos dois primeiros meses da concessão do serviço público de transporte aéreo interilhas em Cabo Verde e prevê crescer para 500 voos este mês, segundo dados da empresa, revelados nesta terça-feira, dia 27 de julho.
Em resposta à agência portuguesa de notícias ‘Lusa’, fonte oficial da empresa explicou que estes números “estão dentro das expectativas” para esta fase da operação, assumida pela companhia de origem angolana, escolhida pelo Governo cabo-verdiano para uma licença de emergência de seis meses na concessão do serviço público de transporte aéreo interilhas de passageiros.
De acordo com a mesma informação, de 17 de maio a 15 de julho, a companhia, que está a operar com um ATR 72-600, transportou mais de 30.000 passageiros, 12.000 dos quais nos primeiros 15 dias deste mês, numa procura que tem vindo a crescer, explicada com alguma retoma do turismo e o período de férias dos emigrantes cabo-verdianos.
Nos primeiros 15 dias de julho, segundo a resposta da companhia, a taxa de ocupação global dos voos operados pela BestFly foi de 75%. A empresa acrescenta que desde o início da operação, os voos para a ilha de São Vicente e para São Filipe, na ilha do Fogo, apresentam taxas de ocupação de 90% e para o Sal mais de 80%.
A companhia arrancou em maio com uma única tripulação e não operava voos às terças-feiras. Contudo, face à procura, foi adicionada uma segunda tripulação há cerca de três semanas, passando a fazer voos todos os dias, explicou a fonte.
A operação será reforçada com uma segunda aeronave ATR 72-600 em agosto, divulgou ainda a BestFly.
Só no nas duas primeiras semanas de julho, a companhia realizou 211 voos entre as ilhas de Cabo Verde – cerca de 105 voos por semana, o dobro do início da operação –, e até final do mês prevê chegar aos 500 voos, contando já com um comandante e duas assistentes de bordo cabo-verdianas.
A companhia perspectiva ainda a chegada ao arquipélago, no final deste mês, de uma terceira tripulação, em fase final de formação, permitindo um incremento de voos a partir de agosto, para “responder à procura”.
O grupo BestFly resulta de uma empresa de origem familiar criada em Angola e opera ainda em geografias como o Dubai (Emirados Árabes Unidos), República do Congo e Portugal.
- Foto © Tony Mangueira Fernandes