Um avião bimotor Twin-Otter 400 da companhia aérea Tara Air, com 20 passageiros e três tripulantes a bordo, caiu na manhã desta quarta-feira, dia 24 de fevereiro, nas montanhas do Nepal, próximo da povoação de Rupshe, na zona ocidental, a cerca de 200 quilómetros de Katmandu, capital do país. Estima-se que o acidente tenha acontecido cerca de oito minutos depois da partida da aeronave que se verificou pelas 07h50 locais.
O ministro da Aviação confirmou que os destroços do aparelho foram encontrados e que não há sobreviventes. Entre os 23 ocupantes do aparelho conta-se um cidadão chinês e outro do Kuwait. Havia ainda duas crianças, confirmou o governo nepalês.
O avião, que fazia ligações entre as cidades montanhosas do Nepal, tinha descolado do aeroporto de Pokhava e dirigia-se para Jomson, duas localidades entre as quais não há quaisquer vias de ligação por terra.
A Tara Air é uma empresa subsidiária da Yeti Airlines, que liga aeroportos nas zonas montanhosas do Nepal, país que tem um nível de segurança aérea fraco, dada a falta de infraestruturas de apoio técnico e à pouca formação dos seus técnicos, nomeadamente nas companhias de menor dimensão. Este facto levou a União Europeia a colocar, em 2013, as companhias aéreas nepalesas na lista negra, estando proibidas de sobrevoar espaço aéreo ou utilizar aeroportos europeus.
Em 2010 um avião da Tara Air caiu no leste do Nepal tendo morrido todos os ocupantes. A aeronave transportava um grupo de turistas do Reino do Butão, país do sul da Ásia, localizado na zona dos Himalaias, e vizinho do Nepal.
O aparelho sinistrado era um Viking Air DHC-6 Twin Otter 400, matrícula 9N-AHH, que saiu de fábrica no ano passado. Era o mais moderno avião ao serviço da companhia aérea, com cerca de um ano de utilização.