Mas não. Nada disso me dá o prazer de cantar o Aleluia numa missa da Saint Patrick’s Cathedral. “The Lord be with you!” Nada disso me dá o prazer de comer um iogurte com granola e doce de maçã comprado na Grand Central Station. E também o momento em que fotografei dois velhinhos lendo, um com lupa e outro com óculos, na New York Public Library. Mas que doçura fazer zoom mil vezes e observá-los lendo atentamente enquanto vou clicando no disparo da máquina.
Hoje o objectivo principal é o Museum of Modern Art, o famoso MoMA para quem aprecia, estuda ou faz arte. Bilhete normal a 25$, 14$ para estudantes.
Nem acredito que estou a ver de corpo presente tantos mas tantos quadros que estavam nos meus livros de história da arte! Pablo Picasso, Paul Klee, Kandinsky, Férnand Léger, Henri Matisse, Van Gogh, Aleksandr Rodchenko, Piet Mondrian, Marcel Duchamp, Paul Klee, Alberto Giacometti, László Moholy- Nagy, Claude Monet, Max Ernst, Joan Miró, Salvador Dali, Frida Kahlo, Jackson Pollock, Jean Michel Basquiat, Antoni Tàpies, Edward Hopper, …
Além de todo este tesouro está patente uma exposição temporária do trabalho de Frank Lloyd Wright no 3º andar. Não tive muita paciência para lhe admirar os esboços mas folheei um livro super completo na loja do museu, digno de invejar aquelas construções a cada página com fotografia! É da Taschen o livro.
Já com muitas dores nas pernas caminho até ao Lincoln Center porque era suposto lá ir ver um concerto logo às 19.30h. Não vou aguentar tanto tempo acordada nesta cidade!
A chuva decide voltar apesar do calor: é a trovoada de verão! Porra, não vai dar para andar muito mais pela rua porque as pingas estão cada vez mais fortes. Estou sentada no chão, por baixo do coberto do edifício do American Folk Art Museum. Até podia aproveitar lá ir mas estou cansada de museu por hoje!
Aprecio as pessoas e os carros. Sabe tão bem estar parado a observar Nova Iorque, a cidade que não pára! É como se estivesse na sala de cinema a ver um filme, mas sinto o calor, o ar, o barulho e as buzinas dos carros, o caminhar das pessoas mesmo aqui, os cheiros…
Não conseguiria viver aqui sem sombra de dúvidas, mas é um lugar a conhecer se a oportunidade se fizer: não percebo como conseguiram compactar tanta coisa numa só ilhota, a de Manhattan!”
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