A Camair-Co, companhia nacional dos Camarões, reforçou as suas operações com a entrada em serviço de um Boeing 737-700, alugado à TAAG – Linhas Aéreas de Angola, com tripulação angolana.
Assim, desde 29 de julho, a aeronave, matrícula D2-TBF, foi colocada na rede doméstica da companhia camaronesa, e tem sido programada para os aeroportos de Douala, Yaoundé, Garoua e Maroua.
Este reforço da frota ocorre numa altura em que os dois Boeing 737-700 da Camair-Co estão fora de serviço desde o primeiro trimestre de 2019. Um deles, registo TJ-QCA, foi enviado para a Etiópia para manutenção em abril deste ano.
Desde a retirada desses dois aviões, a frota ativa da Camair-Co é constituída na sua maioria por aviões alugados. Também opera um Embraer E145 (TJ-KMM) e um Embraer E135 (TJ-AKK) da frota da Cronos Airlines, uma companhia aérea privada da Guiné Equatorial. O único aparelho de propriedade da companhia, atualmente ativo, é um bimotor turboélice MA60, de fabrico chinês.
No entanto, o futuro permanece pouco claro quanto a um segundo MA60, que integra a frota. O avião foi atingido com vários tiros quando aterrava em Bamenda (noroeste dos Camarões) no dia 1 de dezembro de 2019. Tem estado fora de serviço desde então. A mesma situação se verifica com um Boeing 767-300 – o único avião de longo curso da Camair-Co – que está imobilizado na Etiópia desde 12 de janeiro de 2018.
A braços com a realização da fase final da Taça Africana das Nações, em futebol, cujos jogos decorrerão nos Camarões, em janeiro de 2022, a Camair-Co planeia introduzir dois aviões DHC Dash8-400 até ao final do corrente ano. A formação dos tripulantes para essa nova frota já começou.
A Camair-Co tem passado por dificuldades financeiras muito grandes, agravadas naturalmente com a pandemia de covid-19. As dívidas externas estão presentemente avaliadas em cerca de 94 milhões de euros.
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