A Boeing anunciou nesta quinta-feira, dia 16 de maio, que concluiu a atualização do sistema de estabilização MCAS do seu modelo 737 MAX, cujo mau funcionamento é suspeito de ter causado dois acidentes que mataram 346 pessoas
A construtora norte-americana, que provavelmente devido a estes acidentes não recebeu no passado mês de abril qualquer encomenda de aviões novos, disse que também já estão aprovadas e estabelecidas novas regras para o treino e refrescamento de pilotos em ambiente de simuladores.
“Completamos todos os voos de teste de engenharia para a atualização do software e agora estamos a preparar o voo de certificação final”, disse Dennis Muilenburg, presidente executivo da Boeing Company.
As atualizações no dispositivo de cada avião exigirão entre uma e duas horas, destacou um porta-voz da Boeing. Na prática, além da atualização do software, há mudanças no treino dos pilotos, nomeadamente no simulador de voo.
Toda a frota mundial de aviões Boeing 737 MAX está parada desde meados do passado mês de março, após os acidentes com aeronaves do mesmo modelo e tipo da Lion Air (Indonésia) e da Ethiopian Airlines (Etiópia).
Segundo a Boeing, foram realizados 207 testes de voo durante um total de mais de 360 horas com o 737 MAX modificado. As alterações também foram testadas em simulador.
Outro ponto importante das mudanças que, necessariamente terão de ser feitas, é no procedimento de treino dos pilotos. A Boeing destacou ter apresentado todos os elementos de capacitação de pilotos às autoridades de aviação civil de diversos países, assim como aos clientes das empresas aéreas.
O presidente da Boeing vincou na sua comunicação que a construtora aeroespacial norte-americana apenas aguarda a decisão da Autoridade Nacional de Aviação dos Estados Unidos (FAA – Federal Aviation Authority) para a realização do voo de teste de certificação das alterações do 737 MAX. Um porta-voz da FAA disse que o voo deverá realizar-se provavelmente na próxima semana.