A Boeing anunciou nesta quarta-feira, dia 13 de março, que, por medida de precaução e segurança, recomendou à Autoridade Nacional de Aviação dos EUA (FAA – Federal Aviation Authority) a suspensão temporária de toda a frota global de aviões Boeing 737 MAX, que neste momento é de 371 aparelhos entregues e operacionais.
“Em nome de toda a equipa da Boeing, estendemos as nossas mais profundas condolências às famílias e entes queridos daqueles que perderam suas vidas nesses dois acidentes trágicos”, escreve Dennis Muilenburg, presidente do Conselho de Administração e da Comissão Executiva da ‘Boeing Company’ numa nota de imprensa distribuída em Chicago, sede da companhia.
A construtora aeroespacial norte-americana diz, nesse comunicado distribuído na tarde desta quarta-feira, na cidade de Chicago, que “continua a ter plena confiança na segurança do B737 MAX”. No entanto, depois de consultar a Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA), o Conselho Nacional de Segurança no Transporte dos EUA (NTSB) e as autoridades de aviação e os seus clientes em todo o mundo, a Boeing determinou a paragem de todos os aviões de última geração da família de médio curso.
“A segurança é um valor central na Boeing enquanto construímos aviões. E isso sempre será. Não há maior prioridade para a nossa empresa e a nossa indústria”, diz Dennis Muilenburg na nota de imprensa da Boeing, que diz estará fazer tudo para entender a causa dos acidentes, com a ajuda de investigadores, para que possam ser implementadas melhorias de segurança e para garantir que a eventual causa desses dois desastres não venham a se verificar novamente.
Depois do comunicado da Boeing a FAA ordenou a recolha d etodos os aviões que voam na América do Norte. Durante a manhã, a autoridade nacional de transportes do Canadá (Transport Canada) já tinha ordenado a paragem de todos os B737 MAX com bandeira do país – 24 da Air Canada, 13 da WestJet e 4 da Sunwing.
Nos países da América Latina há mais três companhias que voam com este tipo de aviões – a brasileira GOL que na terça-feira já tinha mandado parar os seus sete aparelhos; a Aerolíneas Argentinas, que estacionou nesta quarta-feira os seus cinco MAX 8; e a Copa Airlines, do Panamá, que, na tarde desta quarta-feira suspendeu os voos dos seus seis aviões MAX 9. Num comunicado distribuído na Cidade do Panamá, a Copa diz que já realizou mais de 1.400 voos com esses aviões, num total de mais de 7.700 horas desde setembro de 2018. A companhia está satisfeita com os “ótimos índices de fiabilidade e de desempenho” dos novos aparelhos da Boeing, refere a nota de imprensa da empresa panamiana.