A British Airways pretende concentrar toda as suas operações no Aeroporto de Londres/Heathrow, deixando de operar em Gatwick, onde a companhia de bandeira britânica tinha a base dos seus voos do Reino Unido para destinos de longa distância mais populares, procurados nomeadamente pelos viajantes britânicos e europeus para férias.
A notícia foi adiantada nesta quinta-feira, dia 30 de abril, pelo serviço noticioso da BBC, que cita um memorando do chefe de escala da British Airways no Aeroporto de Londres/Gatwick, enviado nesta semana aos seus subordinados.
Ao mesmo tempo a companhia enviou uma carta aos seus pilotos em que foca a mesma questão, em que explica que, com a queda de voos e viajantes, a operação da British pode estar reduzida a uma percentagem de menos de metade do que acontecia antes da pandemia. Reafirma o propósito de despedir uma quarta parte dos 4.300 pilotos atualmente ao serviço da companhia. Nesta semana, o Grupo IAG, em que se integra a British, anunciou que ira despedir 12.000 dos seus 42.000 trabalhadores, a maioria afetos à empresa britânica (LINK notícia relacionada).
“Precisamos garantir que nossa operação restante seja eficiente, flexível e competitiva em termos de custos, para nos permitir sobreviver em um setor cada vez mais enxuto e imprevisível”, diz a carta da administração da companhia aérea britânica aos seus pilotos, citada pela BBC.
A British Airways voa desde Gatwick, um dos mais movimentados aeroportos da região metropolitana de Londres e do Reino Unido, desde há décadas.
A BEA (British European Airways), companhia britânica fundada em 1946, iniciou as suas primeiras rotas de Londres, em 1950, com base no Aeroporto de Gatwick. Depois fundiu-se com a BOAC (British Overseas Airways Corporation), em 1974, para formar a British Airways. A BOAC surgiu, em 1939, da fusão de duas empresas britânicas de transporte aéreo com grande história e percursos comerciais pioneiros: a British Airways Limited e a Imperial Airlines.
A maioria do capital da empresa do Aeroporto de Londres/Gatwick foi comprado em 2019 pela Vinci Airports, a mesma multinacional de concessões de estruturas, de raiz francesa, que é também dona da ANA – Aeroportos de Portugal (LINK notícia relacionada).