O primeiro-ministro cabo-verdiano Ulisses Correia e Silva assegurou nesta quinta-feira, dia 20 de junho, que o Governo será o acionista único da nova empresa autónoma para voos domésticos e que os trabalhadores da Transportes Interilhas de Cabo Verde (TICV) serão integrados na mesma.
A garantia foi dada pelo Chefe do Governo quando questionado pelos jornalistas sobre a saída de Sara Pires do cargo de presidente do Conselho de Administração (PCA) da Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV).
“A assembleia-geral da empresa é que vai aprovar e saberão brevemente quais são os novos membros do conselho da administração da empresa”, precisou Ulisses Correia e Silva, na cidade da Praia, à margem da cerimónia de lançamento do ‘Banco Jovem e Mulher’.
O governante, que não quis confirmar o nome de Pedro Barros como novo PCA da empresa, conforme avançou hoje o jornal ‘A Nação’, assegurou que o novo dirigente irá continuar a trabalhar para estabilizar e desenvolver a empresa para a sua sustentabilidade a nível do mercado internacional, mas também na fase transitória para o mercado doméstico.
Na ocasião, adiantou que brevemente o Governo irá anunciar também e tomar uma solução definitiva sobre os Transportes Interilhas de Cabo Verde (TICV), garantido que os postos de trabalho dos trabalhadores estão assegurados.
“A nova empresa de transportes interilhas, que vai surgir, vai ter necessidade de pilotos e assistentes de bordo e trabalhadores para toda parte operacional, portanto não haverá problemas em relação ao emprego”, apontou o Chefe do Governo que avançou que os trabalhadores da TICV serão integrados nesta nova empresa.
Explicou ainda que a nova empresa que irá operar nos voos domésticos irá ter o acionista único que é o Estado através do Governo.
Lembrou que a BestFly tem 70% e o Estado 30% e em princípio o Governo vai interromper essa participação até porque a TICV, através da BestFly, já não está a operar em Cabo Verde.
Na última sexta-feira, dia 14 de junho, os trabalhadores da Transportes Interilhas de Cabo Verde (TICV) posicionaram-se em frente da sede da empresa para exigir os seus direitos, nomeadamente, o pagamento do salário referente ao mês de Maio, depois das férias coletivas, terminadas no mesmo dia.