Cabo Verde cria Autoridade Militar Aérea com o apoio de Portugal

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Portugal vai apoiar a República de Cabo Verde na criação de uma Autoridade Militar Aérea, na manutenção dos meios navais e aéreos e ainda no desenvolvimento e na consolidação de uma lei de programação militar.

Essa disponibilidade foi manifestada nesta quinta-feira, dia 26 de maio, na cidade da Praia pela ministra da Defesa de Portugal, Maria Helena Chaves Carreiras, em resposta aos pedidos apresentados durante um encontro bilateral com a sua homóloga cabo-verdiana, Janine Lélis, que culminou com a assinatura de um protocolo de colaboração e intercâmbio entre as direções nacionais de Defesa dos dois países.

Um encontro que serviu para as duas governantes revisitarem e falarem de vários assuntos que fazem parte da contínua cooperação institucional na área da defesa entre Portugal e Cabo Verde.

“Tivemos a oportunidade de conversar sobre a possibilidade de Portugal ajudar Cabo Verde a criar uma estrutura para apoio aos nossos equipamentos navais e em especial para a questão da manutenção, falando obviamente daquela manutenção que é mais corrente. E igualmente, falamos da possibilidade de Portugal nos apoiar na criação da autoridade militar aérea”, disse a ministra Janine Lélis.

A ministra de Estado, da Defesa Nacional e ministra da Coesão Territorial frisou que é do conhecimento público que o Governo tem a pretensão de fazer a aquisição de um avião e neste sentido quer organizar e preparar para esse efeito.

Da parte de Portugal, Helena Carreiras disse que o seu país está disponível para ajudar no quadro do reforço de diálogo político estratégico que este novo quadro de colaboração envolve.

“Designadamente, o apoio que poderemos dar e daremos seguramente a Cabo Verde no desenvolvimento e na consolidação de uma lei de programação militar que será um instrumento muito necessário para o desenvolvimento de política de defesa neste país”, apontou.

Em relação à Autoridade Militar Aérea explicou que o apoio vai na linha daquilo que Portugal tem dado a Cabo Verde, nomeadamente a nível de capacitação técnica, nas componentes institucionais, jurídicas e outras que, na sua perspetiva, são fundamentais para consolidar essa entidade e garantir que a mesma possa operar em condições regulamentares e jurídicas.

No que se refere ao apoio a nível da manutenção dos meios navais a governante portuguesa adiantou que as modalidades de colaboração nessa esfera estão ainda a ser ponderadas.

“O que já fizemos foi manifestar a nossa disponibilidade para esse apoio no âmbito dos projetos existentes, mas eventualmente envolvendo outras entidades que possam vir a colaborar. Portanto, estão ainda a ser estudadas essas modalidades”, explicou Maria Helena Carreiras.

 

  • Notícia distribuída pela Inforpress – Agência Cabo-Verdiana de Notícias.

 

1 COMENTÁRIO

  1. é sempre de louvar a cooperação militar entre Portugal e outros países lusófonos, especialmente CV que até aparenta ser mais eficiente na gestão dos recursos que tem que outros países da sua região. no entanto, o problema é sempre o mesmo: quem paga? as leis de programação militar são bonitas declarações de intenções e “listas de compras” que, “nalguns países” estão sujeitas às cambalhotas originadas nas contabilidades governamentais como cativações, etc. impostas com completo desinteresse sobre as consequências que vão ter. por outro lado, LPMs deviam ser apenas guias de aquisição, ficando os orçamentos dos utilizadores com dotação para a sustentação dos meios… coisa que não acontece em nível suficiente. é interessante ler a linguagem ambígua do politiquês, pois a questão de fundo realmente é: apoiam-se os meios dos países A, B ou C enquanto por cá as fragatas não navegam, os aviões não voam e o pessoal é mal pago?

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