O governo da República de Cabo Verde pretende ver concluído o programa de concessão dos aeroportos do país ainda durante o corrente ano, uma vez concluído o processo de privatização da TACV – Cabo Verde Airlines, disse nesta quarta-feira, dia 13 de março, o primeiro-ministro.
Ulisses Correia e Silva, que se encontra de visita a Portugal disse à agência noticiosa portuguesa ‘Lusa’, em Lisboa, que a privatização da TACV é apenas “um elemento de um programa muito maior”, que envolve o desenvolvimento de uma plataforma na ilha do Sal, a concessão dos aeroportos “ainda este ano” e a concessão dos serviços de handling.
O objectivo é transformar Cabo Verde numa “grande plataforma aérea de ligação entre África, Américas e Europa” que terá impacto na economia e no sector do turismo, declarou.
Após um ano e meio ao abrigo de um contrato de gestão, o Estado Cabo-verdiano vendeu 51% da TACV por 1,3 milhões de euros à Lofleidir Cabo Verde, que irá aplicar mais seis milhões de euros para capitalizar a empresa, segundo o governo cabo-verdiano.
Dos restantes 49% de capital, 10% serão colocados para subscrição de emigrantes e trabalhadores e 39% dispersos em bolsa.
Com cerca de 500 trabalhadores, a TACV, que passará a denominar-se Cabo Verde Airlines, custava um milhão de euros por mês aos contribuintes do arquipélago e, em 2015, tinha uma dívida de mais de 100 milhões de euros, segundo o governo.
- Foto © Cleidir Almeida