Cabo Verde tem plano de investimento ambicioso de modernização do sector aeroportuário

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 O presidente do conselho de administração da Empresa Nacional de Aeroportos e Segurança Aérea (ASA) da República de Cabo Verde diz que a empresa tem um plano de investimento “ambicioso” que conduzirá a uma “modernização substancial” do sector aeroportuário no País.

“A ASA tem um conjunto de actividades em implementação, o investimento maior está na modernização da navegação aérea. É o salto maior que vamos dar, em termos tecnológicos, capacitação do seu pessoal, afinação, introdução de processos novos”, enunciou Jorge Benchimol em entrevista à agência noticiosa cabo-verdiana ‘Inforpress’.

Segundo o responsável, tudo isso, vai colocar a ASA num patamar bem diferente do que se encontra actualmente, isto a nível da navegação aérea, conforme explicou.

A nível dos aeroportos, disse estar convencido que com a concessão dos aeroportos à Vinci, a ASA estará a dar um “salto importante”, uma vez que a empresa, a nova concessionária, é uma das maiores gestoras dos aeroportos no mundo, com know how “profundo” do negócio aeroportuário.

“Tem um plano de investimento a que está obrigado, através do contrato de concessão, há investimentos obrigatórios, há investimentos que dependem do tráfego…, mas há um plano de investimentos muito ambicioso e que nos conduzirá a uma modernização substancial do sector aeroportuário”, reiterou.

“Muito do que vai acontecer, são coisas que não foram feitas por causa da pandemia, mas com a concessão a efectivar-se no segundo semestre deste ano… é ver as coisas acontecerem com o novo concessionário nos aeroportos de Cabo Verde”, indicou.

Esclareceu, entretanto, que após a concessão dos aeroportos, a ASA fica com o negócio da navegação aérea, com a gestão das participações sociais, pois detém 100 por cento (%) da Cabo Verde Handling, 20% da Cabo Verde Telecom, e uma participação minoritária no Banco Comercial do Atlântico e no Afreximbank, African Export-Import Bank.

“Portanto, nós vamos ter uma ASA muito mais focada no negócio da navegação aérea, tanto na gestão da FIR Oceânica do Sal como na gestão da navegação aérea no que concerne aos voos de origem/destino Cabo Verde. Muita coisa boa vai acontecer, uma empresa que vai ter uma pujança financeira muito forte, com a possibilidade de continuar a modernizar”, comentou.

“Tanto em termos tecnológicos como investimento nos recursos humanos, também nas infraestruturas e equipamentos… portanto, o sistema no seu todo vai ter dias muito bons”, prognosticou, compreendendo, porém, que o maior desafio da ASA é manter o crescimento, já que o negócio da aviação é um negócio internacional, e o aumento do tráfego depende da dinâmica económica do mundo.

Jorge Benchimol manifestou-se, todavia, animado com o processo de retoma, já que, conforme disse, a pandemia da covid-19 representou um momento marcante pela negativa na actividade da ASA, em 2020 e 2021, embora tenha conseguido enfrentar, “graças à sua resiliência” e um conjunto de medidas implementadas para fazer face à situação.

Referindo que em 2022 a empresa continuou a sentir muito os efeitos da pandemia, “menos” no segundo semestre, mas “marcante”, no primeiro, Jorge Benchimol disse, contudo, que a ASA conseguiu mostrar que, de facto, tem essa resiliência pela “pujança” que teve no passado.

“Pelo que construiu, sobretudo, nos últimos 3/4 anos antes de 2019. Foram anos de desempenho excepcional em que o turismo teve uma grande contribuição para o crescimento, tanto da actividade como dos resultados. E tudo isso também ajudou a que o período mais difícil fosse ultrapassado da forma como conseguimos”, sublinhou, destacando a credibilidade e reputação da ASA enquanto empresa.

Revelando um volume de negócios em torno dos 80% em relação a 2019, Jorge Benchimol – para quem os resultados de 2022 são positivos –, concluiu que a fase mais difícil já passou, e que a retoma está a ser muito mais rápida do que se perspetivava.

 

 

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