Um avião de combate a incêndios Canadair CL-215-1A10, matrícula EC-HET, alugado pela multinacional ‘Babcock’, e ao serviço do Governo Português, despenhou-se, neste sábado, dia 8 de agosto, numa zona montanhosa, em território espanhol, a poucos quilómetros de Lindoso, concelho de Ponte da Barca, onde bombeiros portugueses e espanhóis combatem um incêndio numa zona de difícil acesso, tendo morrido no local um dos pilotos, de 65 anos de idade, nacionalidade portuguesa, segundo informação da Proteção Civil em Portugal. O segundo piloto, de 38 anos, espanhol, encontra-se hospitalizado em Braga em estado considerado grave.
As autoridades foram alertadas para o incidente pelas 11h19 locais (10h19 UTC) e, para o local seguiram dois helicópteros do INEM para avaliação do estado das vítimas e transporte para uma unidade hospitalar.
O GPIAAF – Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários indicou à agência de notícias ‘Lusa’ que já enviou para o local uma equipa para dar início às diligências de inspeção e peritagem para investigar o acidente.
Contrariando informações anteriores fornecidas por fonte Proteção Civil em Portugal trata-se de um avião de matrícula espanhola, que estava a ajudar os bombeiros portugueses num incêndio florestal transfronteiriço, que deflagrou de madrugada.
Numa nota de imprensa, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) afirmou que se trata de um avião anfíbio pesado (Canadair CL215), do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais, do Centro de Meios Aéreos de Castelo Branco, que participava nas operações de combate a um incêndio que lavra no Parque Nacional da Peneda Gerês, freguesia e concelho do Lindoso, distrito de Viana do Castelo.
O avião despenhou-se num acidente junto à Barragem do Alto do Lindoso, na sequência de uma operação de ‘scooping’ (reabastecimento de depósito de água), acrescentou.
Segundo o jornal espanhol ‘La Vanguardia’ o avião acidentado tem cerca de 46 anos de serviço, tendo sido um dos primeiros ao serviço do Ejercito del Aire (Força Aérea Espanhola) para a sua divisão de combate a fogos florestais, em 1996. Foi retirado depois de 25 anos de serviço, em 1999, data em que começou a operar em empresas privadas que alugam equipamentos aéreos para combate a fogos florestais.
- Notícia em desenvolvimento – atualizada às 18h15 UTC
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