A companhia China Express Airlines, companhia regional com sede e base operacional em Guizhou, na República Popular da China, informou nesta quarta-feira, dia 10 de junho, que vai comprar um total de 100 aeronaves de passageiros ARJ21 e C919, de fabrico chinês, que começarão a ser entregues já no corrente ano.
A aquisição resulta de um acordo de parceria estratégica assinado com a fábrica asiática – a COMAC – que já tem diversos aviões ARJ21 ao serviço em companhias comerciais.
Esta encomenda de aeronaves para transporte de passageiros, produzidas na China são um incentivo para a construtora aeronáutica estatal COMAC, num momento em que a pandemia provocado pelo novo coronavírus está devastando o mercado global de viagens, levando muitas companhias aéreas a cancelar ou adiar pedidos de aeronaves com os principais fabricantes mundiais, nomeadamente a Airbus e a Boeing, refere uma notícia distribuída pela agência ‘Reuters’.
Através deste acordo de parceria, a China Express e a COMAC também aprofundarão a cooperação no projeto e otimização de aeronaves, manutenção e serviços e na expansão do mercado internacional, especialmente em países que se inscreveram na Iniciativa da Faixa e da Rota da China e nos mercados africanos, informou a transportadora.
Até ao final de maio, a COMAC tinha entregue 25 jatos regionais ARJ21-700. As três maiores companhias aéreas estatais do país no ano passado anunciaram acordos para cada compra de 35 jatos ARJ21.
O C919, um avião maior que o ARJ21, é um projeto chinês, que integra muita tecnologia ocidental, participado por destacados fornecedores internacionais de equipamentos. Trata-se de uma iniciativa para quebrar o duopólio da Airbus e da Boeing no mercado de jatos de passageiros em viagens de médio curso, que ainda está em fase de certificação, após vários anos de atraso. Os voos de teste foram acelerados nos últimos meses, com a introdução de mais aparelhos protótipos, e, segundo a imprensa estatal chinesa, têm decorrido bem e de acordo com a expectativas da fábrica, que espera obter no corrente ano a certificação da aeronave, pelo menos da parte das autoridades chinesas.