Colisão entre helicópteros mata 13 militares franceses no Mali

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A colisão em voo de dois helicópteros militares que estão integrados no contingente das forças francesas estacionadas no Mali, país da África Ocidental, provocou a morte de 13 militares, todos franceses, que seguiam a bordo, e que regressavam de uma operação contra grupos extremistas islâmicos.

O acidente verificou-se na tarde desta segunda-feira, dia 25 de novembro. A Presidência da República Francesa divulgou um comunicado em que confirma a morte de seis oficiais superiores, seis oficiais subalternos e um sargento das Forças Armadas, que seguiam nos dois helicópteros, que tinham estado envolvidos numa operação de combate contra jihadistas, no sul do Mali, próximo da fronteira com o Burkina Faso e o Níger. Entre as vítimas encontram-se militares da Força Aérea, pilotos e tripulantes técnicos, e do Exército, que tinham participado na operação no terreno. Os aparelhos sinistrados são um ‘Tigre’, em que viajavam apenas os dois pilotos, e um ‘Cougar’, onde seguiam os restantes 11 militares

O Presidente da República Francesa, Emmanuel Macron, apresentou condolências às famílias e expressou o seu apoio aos companheiros de armas das vítimas. O Chefe de Estado francês também elogiou a coragem dos militares franceses estacionados no Sahel e a sua determinação em cumprir a sua missão contra o jihadismo. O Sahel é uma faixa de terreno entre o deserto do Saara, no norte de África, e a savana do Sudão, a sul. Está compreendida entre o Oceano Atlântico, a oeste, e o Mar Vermelho, a este, com cerca de 5.400 quilómetros de extensão e uma largura que vai de 500 a 700 quilómetros.

Os militares falecidos integravam o contingente militar francês, composto por cerca de 4.500 efetivos, que a França lançou em 2013, em apoio à defesa do território do Mali, ameaçado por grupos extremistas, nomeadamente no norte e centro deste país africano.

Este acidente eleva para 38 o número de soldados franceses mortos no Mali desde o início da intervenção francesa. Desde há 34 anos que as Forças Armadas Francesas não tinham um desastre tão mortífero. Em 1983 morreram 58 paraquedistas no Líbano.

Em Portugal, o Estado-Maior-General das Forças Armadas distribuiu uma nota em que “dirige as mais sinceras condolências às Forças Armadas Francesas e a todos os familiares e amigos dos militares” falecidos na colisão de helicópteros no Mali.

Além do contingente francês está estacionada no Mali uma força militar das Nações Unidas, com cerca de 15.000 militares de vários países, que conta com a participação de militares portugueses.

 

  • A imagem de abertura é apenas ilustrativa. Foto © Armée de Terre/Exército Francês

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