A ASTM, certificadora internacional de padrões industriais, deverá aprovar nos próximos dias a certificação do primeiro querosene de aviação (QAV) de cana-de-açúcar, anunciou o jornal brasileiro ‘A Folha de São Paulo’.
Fabricado no interior de São Paulo, o combustível foi testado pela primeira vez em voo experimental em 2012.
Neste primeiro momento, porém, o produto só poderá ser usado para abastecimento no exterior. Para que a venda no Brasil seja liberada, a certificação da ASTM, aceite internacionalmente, precisa ser validada pela ANP (Agência Nacional do Petróleo), em um processo que poderá levar 90 dias.
“O processo de regulamentação abrange diversas etapas previstas nos regulamentos da agência e na legislação. Exige a discussão com agentes e instituições interessadas, avaliação prévia pela Procuradoria-Geral da ANP, realização de consulta e audiência pública, nova avaliação jurídica pela Procuradoria e, por fim, apreciação pela directoria colegial. Ao final desse processo, a resolução, se aprovada, é publicada no Diário Oficial”, explica a ANP, em nota distribuída à imprensa na semana passada.
O combustível de aviação, conhecido no Brasil pela sigla QAV, de fontes alternativas, custa até quatro vezes mais do que a versão de petróleo. No entanto, a meta do sector de redução de emissões de CO2 em 50% até 2050, tendo como referência as emissões de 2005, tem movimentado o sector e levado diversas empresas e companhias a trabalhar com maior rapidez na certificação de soluções adequadas.