A Comissão de Trabalhadores (CT) da TAP anunciou nesta quarta-feira, dia 23 de setembro, que vai lançar na quinta-feira, dia 24, um manifesto a exigir ao Governo “uma postura conforme a defesa de uma TAP pública ao serviço do país”.
“É preciso que o poder político não ceda perante os grandes interesses e que assuma o desenvolvimento da empresa”, pode ler-se no manifesto intitulado ‘Por uma TAP pública ao serviço do país’ que será apresentado na quinta-feira numa conferência de imprensa na qual a CT indica que irá anunciar “outras ações planeadas no âmbito de defesa” da companhia aérea.
Numa nota à imprensa, a CT sublinha que a transportadora aérea “está a viver mais um importante momento de decisão do seu futuro”, prevendo-se no plano de reestruturação “imposto pela União Europeia” uma “nova redução de trabalhadores”.
“Pelos perigos que podem aí vir para esta empresa estratégica, para os postos de trabalho e os direitos dos trabalhadores, coloca-se a pertinência da dinamização de um manifesto de defesa da TAP, pela importância que tem para o país e pela necessidade de defender quem lá trabalha”, afirma a CT numa nota assinada por Cristina Carrilho.
Para a CT, “é necessário impedir que a TAP siga o caminho de se tornar numa pequena sucursal de uma grande multinacional, assim como é preciso integrar todo o Grupo TAP numa estratégia mais ampla de desenvolvimento do país”.
“A TAP faz falta ao país e é estratégica do ponto de vista económico e social, tal como afirma este manifesto”, realça a CT.
De acordo com a nota, são subscritores do manifesto “vários trabalhadores da TAP e de várias empresas do setor aéreo, membros de organizações representativas de trabalhadores e diversas personalidades que reconhecem a importância que a TAP tem para o país”.
A CT adianta que na quinta-feira o manifesto poderá transformar-se num abaixo-assinado “para chegar a todos aqueles que têm interesse em defender a TAP”.