Companhias do Grupo SATA perderam 28 pilotos nos últimos meses

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O Grupo SATA perdeu recentemente perto de 30 pilotos por opção própria ou reforma, e tal deve ser “tido em conta” na análise a cancelamentos nos últimos tempos, disse o presidente do Governo Regional dos Açores, dono do grupo que integra as duas companhias aéreas portuguesas – Azores Airlines (ex-SATA Internacional) e SATA Air Açores – que estão baseadas naquela Região Autónoma.

“A SATA perdeu, se somarmos a SATA Internacional e a Air Açores, e a saída por opção ou por reforma, 28 pilotos. E, obviamente, que isso tem de ser tido em conta”, declarou Vasco Cordeiro aos jornalistas na cidade da Horta.

O governante falava na quarta-feira, dia 26 de junho, no final da reunião entre o executivo e o Conselho da Ilha do Faial, encontro no qual o tema das acessibilidades esteve no centro do debate, nomeadamente após cancelamentos recentes de ligações entre Lisboa e a Horta, mas também entre a capital e o Pico.

Vasco Cordeiro afirmou que uma “abordagem de boa-fé” motiva que seja analisada a evolução do número de pilotos da SATA, sendo que no caso dos aeroportos do Faial e do Pico apenas alguns estão certificados para neles operar.

Na reunião do Conselho de Ilha, o deputado do PSD/Açores Carlos Ferreira disse, referindo-se à SATA, que “nenhuma empresa pode funcionar em regime de voluntariado de pilotos” quando um destes mete baixa ou por outro motivo está impossibilitado de trabalhar.

“O que é que faltou no planeamento para que na doença ou indisponibilidade do piloto não exista alternativa?”, questionou o social-democrata.

Na sexta-feira, ouvida em sede de comissão no parlamento dos Açores, a secretária regional dos Transportes, Ana Cunha, sublinhou que um dos cancelamentos recentes da SATA se deveu a um problema técnico e os demais a baixas de pilotos que não tiveram substitutos, admitindo que o número de profissionais certificados para operar nas pistas do Pico e do Faial, de características diferentes por exemplo das de São Miguel e da Terceira, “não é suficiente”.

Nesse sentido, e para fazer face a baixas médicas que dão entrada, a SATA “depende da boa vontade dos restantes pilotos” certificados para cobrir as ausências dos colegas, o que não se tem verificado no mês de junho.

“É uma situação que não prejudica só o Faial e o Pico, prejudica toda a região”, vincou Ana Cunha.

O presidente do Conselho de Administração da SATA, António Luís Teixeira, afirmou já esta semana que a empresa está a contratar novos pilotos para evitar os cancelamentos que têm ocorrido entre Lisboa e as ilhas do Faial e do Pico (LINK notícia relacionada).

 

  • Foto © Gonçalo Lopes

 

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