As companhias aéreas e operadores turísticos norte-americanos solicitaram à Administração dos EUA o levantamento da exigência de que os passageiros vacinados tenham de mostrar um teste covid-19 negativo para viajar para os Estados Unidos.
“A recuperação da indústria de viagens e aviação depende da decisão do Governo de levantar restrições que já não são justificadas pelas circunstâncias atuais”, lê-se numa carta de cerca de 30 organizações comerciais, enviada ao coordenador da Casa Branca para a covid-19, Jeffrey Zients.
Um dos signatários, ‘Airlines for America’, um grupo de pressão que representa companhias como a American Airlines, Delta Air Lines e United Airlines, colocou nesta quarta-feira, dia 2 de fevereiro, a carta no seu website.
As três empresas advertiram recentemente que a Ómicron, a variante mais contagiosa, mas aparentemente menos grave da covid-19, iria atrasar a recuperação em um a dois meses.
“Claramente, a covid-19 está difundida nos EUA e as tentativas de controlar a sua importação através de viagens aéreas são pouco suscetíveis de fazer a diferença nas circunstâncias atuais”, argumentam os representantes da indústria.
Salientam também que o Reino Unido levantou os testes obrigatórios para os viajantes que entram no país, e que a União Europeia recomendou o fim das restrições na Europa.
“Os inquéritos aos passageiros mostram que os testes prévios à partida são um fator importante na decisão de não viajar internacionalmente. As pessoas simplesmente não querem correr o risco de não poderem regressar aos EUA no final da sua viagem de negócios ou turística. Como resultado, as viagens internacionais em 2021 ficaram 75% abaixo dos níveis de 2019”, acrescentaram.
Após um desastroso 2020 para a indústria aérea no seu conjunto, a American Airlines e a United voltaram a perder dinheiro em 2021, cerca de dois mil milhões de dólares cada.
Para além da pandemia, as companhias aéreas tiveram de lidar com o aumento dos custos salariais e de combustível.