A autoridade da concorrência brasileira aprovou sem restrições a aquisição da companhia aérea portuguesa pelo consórcio de David Neeleman e de Humberto Pedrosa, noticia nesta segunda-feira, 10 de Agosto, o ‘Jornal de Negócios’, que se publica em Lisboa.
O Conselho Administrativo de Defesa Económica (CADE), a autoridade da concorrência brasileira, aprovou a aquisição, sem restrições, de 61% do capital social da TAP, pelo consórcio ‘Atlantic Gateway’, de Humberto Pedrosa e David Neeleman.
No despacho, publicado esta segunda-feira no Diário Oficial da União, o CADE considera que a operação não traz sobreposição horizontal apesar de tanto a Azul, liderada por David Neeleman, quanto a TAP atuarem no transporte de passageiros e cargas, considerando a diferença no local de origem dos voos das companhias.
“A presente operação, para a ‘Atlantic Gateway’, representa uma oportunidade de ampliação da oferta de voos entre Portugal e os Estados Unidos e Portugal e o Brasil, aumentando as opções para os clientes da TAP e da Azul”, afirma o documento do CADE citado pela imprensa brasileira.
O órgão de defesa da concorrência brasileiro entendeu também que a operação não traz risco para o mercado de manutenção e reparação de aeronaves e componentes – as principais empresas aéreas do Brasil – TAM, Gol e Avianca Brasil – possuem os seus próprios centros de manutenção.
A ‘Atlantic Gateway’ assinou a 24 de Junho o contrato de compra de 61% da companhia aérea portuguesa com o Estado, tendo o negócio ficado apenas condicionado à aprovação de autoridades em matéria de concorrência e do regulador da aviação, a Autoridade Nacional da Aviação Civil.
Humberto Pedrosa e David Neeleman anunciaram desde logo a intenção de aumentar a oferta de voos da TAP para os Estados Unidos e para o Brasil, assim como de renovar a frota da companhia aérea com 53 aviões.
A proposta da ‘Atlantic Gateway’ pelos 61% envolveu uma oferta de 10 milhões de euros pelas ações da companhia, assim como a injeção de 338 milhões de euros na TAP.