A Copa Airlines, companhia aérea de bandeira do Panamá, iniciou formalmente o processo de redução da sua frota nesta sexta-feira, dia 18 de setembro, com a partida da primeira das 14 aeronaves Embraer E190 que foram vendidas para a Alliance Airlines, que voa na Austrália. O primeiro avião a sair, matrícula HP-1569 CMP, partiu em direção a San José da Costa Rica, de onde seguirá para a cidade de Brisbane, onde está sediada a Alliance.
A companhia panamiana justificou a saída dos aviões de fabrico brasileiro com uma necessária adequação do tamanho da sua frota à procura de viagens, que se prevê mais baixa para os próximos anos. Estima-se que até junho de 2021 a entrega total das 14 aeronaves esteja concluída.
Entretanto a companhia que pretende passara voar com uma frota homogeneizada de aviões Boeing 737-800, está a negociar a venda de outras 14 aeronaves Boeing 737-700, tendo envaido já para um aeroporto no deserto do Arizona (EUA) 16 aparelhos do mesmo modelo.
Pedro Heilbron, presidente executivo da companhia aérea, anunciou que a frota da Copa Airlines permanecerá temporariamente com apenas 52 aeronaves, e nem todas vão operar de imediato. Muitas estão estacionadas desde há vários meses em aeroportos do Panamá e dos países limítrofes, e assim continuarão por mais algum tempo. Antes da pandemia a empresa tinha 102 aviões ao serviço e era uma das mais importantes na América Central, com inúmeras ligações para países da América do Sul e da América do Norte, com escala no hub das Américas, como é denominado o Aeroporto Internacional de Tocumen, na Cidade do Panamá.
A Copa Airlines registou um prejuízo de 386 milhões de dólares norte-americanos no segundo trimestre de 2020, uma tendência que continuará pelo resto do ano, disse Heilbron. “Não há opção, é algo que está acontecendo com quase todas as companhias aéreas do mundo”, disse o CEO da companhia panamiana, citado num comunicado distribuído pela empresa neste fim-de-semana.
