Um avião Embraer ERJ-190 da Kenya Airways (registo 5Y-FFC) despistou-se hoje após a aterragem no Aeroporto Internacional Julius Nyerere, em Dar-es-Salaam, capital da Tanzânia, provocando sete feridos ligeiros entre os ocupantes que sofreram escoriações ligeiras durante a operação de evacuação pelas mangas pneumáticas de emergência.
O voo KQ482 procedia de Nairobi, capital do Quénia, e trazia a bordo 49 passageiros e seis tripulantes. O avião despistou-se cerca das 14h40 horas locais (12h20 GMT) no momento em que caia uma chuva torrencial na zona do aeroporto, com a pista totalmente alagada, disseram fontes aeroportuárias.
Titus Naikuni, director-geral da Kenya Airways, disse esta tarde aos jornalistas numa conferência de imprensa no aeroporto tanzaniano que as autoridades aeronáuticas do Quénia e da Tanzânia, com todo o apaoio necessário ou solicitado da sua companhia, estão já a trabalhar conjuntamente para apurar o que terá corrido mal após a aterragem do Embraer ERJ-190, um aparelho que chegou à empresa em Setembro de 2012, directamente da fábrica. Portanto trata-se de um avião que tem cerca de um ano e sete meses de serviço.
A Kenya Airways, fundada em 1977, é hoje uma das mais destacadas companhias aéreas comerciais do continente africano, tendo feito nos últimos anos um esforço muito grande de remodelação da sua frota, hoje estimada em mais de 40 aviões, entre os quais um Boeing 787 Dreamliner recebido recentemente da construtora norte-americana.
Não obstante o grande esforço que tem feito nos últimos anos e que a coloca entre as companhias africanas com frotas mais jovens e com menor tempo de serviço, a Kenya Airways tem um histórico trágico. Sofreu dois grandes acidentes aéreos: um em 2000 na Costa do Marfim, em que morreram 169 pessoas, e outro, em 2007, nos Camarões que ocasionou mais 114 vítimas mortais.
- Na imagem que reproduzimos, divulgada esta tarde na imprensa ‘on line’ da Tanzânia, vê-se um pormenor da evacuação de um passageiro. Uma imagem um pouco insólita. Repare-se que sobre a manga já foi colocada uma escada de alumínio e que o passageiro é evacuado com a ajuda de um funcionário dos serviços de ‘handling’ que transporta uma mala, porventura do passageiro em foco. Não houve muita pressa, felizmente. Foto: Migair
