A Windavia poderá estar em risco de assegurar o prosseguimento das operações aéreas que contratou com diversos operadores turísticos portugueses e europeus para este Verão.
O alerta foi levantado esta manhã pelo ‘Diário de Notícias’ da Madeira que publica uma notícia em que chama a atenção para o eventual comprometimento dos voos contratados em França e que, aquando do lançamento da marca, em Dezembro passado, tinham sido indicados como constituindo uma das operações mais importantes da nova marca portuguesa.
Refere o jornal madeirense:
«A operação turística do mercado francês para a Madeira e Porto Santo através da Windavia “está comprometida” e, se nada se alterar nas próximas horas, será mesmo “cancelada”. A garantia foi dada ontem ao DIÁRIO pelo director geral da GPS Tour, António Duarte, operador português líder no mercado francês para a Madeira e que em 2012 transportou para a Região 30 mil franceses, dimensão que o levou a reforçar a sua presença em Dezembro passado, graças à aliança com os vários operadores franceses de topo.»
O jornal explica que a companhia aérea portuguesa White Airways, a quem a Windavia contrata os aviões – neste momento tem dois aparelhos A320 com pintura alusiva à marca – terá exigido «um acréscimo de 24 euros por passageiro e alteração da forma de pagamento contratualmente definido, pedindo antecipadamente depósitos bancários capazes de dar à companhia liquidez suficiente para garantir as operações. Opções que os operadores franceses recusaram, lamentando terem depositado confiança na avalista da operação que agora coloca novas regras incomportáveis e que atraiçoam o que estava acordado». Citando ainda os operadores envolvidos na operação oriunda de França, o ‘Diário de Notícias’ da Madeira refere a desilusão desses mesmos operadores perante o facto da White colocar agora «um problema imprevisto só porque acumulou 850 mil euros de prejuízo nos últimos meses”.
O jornal refere que tentou contactar os responsáveis da Windavia e da White Airways, mas nenhuma dessas entidades respondeu e termina referindo que «a apreensão reina entre os operadores portugueses que têm contratos de voos charter com a Windavia para o próximo Verão, sendo que essa programação já está a ser comercializada» além de que um eventual desentendimento entre Windavia e White irá colocar o sector turístico-hoteleiro da Região Autónoma da Madeira em risco, pois estão prometidas, e algumas até confirmadas, diversas ligações aéreas de aeroportos europeus para as ilhas da Madeira e do Porto Santo neste Verão.
Conforme esclareceu recentemente o INAC, autoridade nacional de aviação civil em Portugal, a marca Windavia não tem COA (certificado de operador aéreo), pelo que não pode surgir no mercado como companhia aérea. É sim um operador que freta aviões a companhia aéreas, neste caso tem um acordo com a portuguesa White Airways (Grupo OMNI), assumido entre ambas as partes, até agora sem que fossem visíveis problemas. Na última edição da Bolsa de Turismo de Lisboa, a Windavia esteve presente com um pavilhão.
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