O diretor de operações da EasyJet, Peter Bellew (na imagem de abertura), demitiu-se do cargo para procurar “outras oportunidades de negócio”, segundo foi divulgado nesta segunda-feira, dia 4 de julho, em plena vaga de cancelamentos e de conflitos laborais na companhia aérea de matriz britânica.
Após a demissão de Bellew, a companhia nomeou David Morgan, funcionário da empresa desde 2016, como chefe de operações interino.
O presidente executivo da companhia aérea de baixo custo, Johan Lundgren, agradeceu em comunicado a Bellew o “trabalho duro” e desejou-lhe “o melhor” para o futuro.
“Todos na EasyJet continuamos absolutamente centrados em levar a cabo uma operação segura e de confiança neste verão”, afirmou Lundgren, num momento em que a companhia aérea enfrenta uma pressão crescente para reduzir as atuais alterações no calendário de voos.
O setor da aviação está a atravessar problemas para gerir o aumento da procura de viagens aéreas, ao mesmo tempo que sofre com a escassez de pessoal e tem dificuldades em obter as autorizações de segurança requeridas para efetuar novas contratações.
Até agora, neste verão, a EasyJet foi forçada a cancelar milhares de voos devido à falta de trabalhadores.
Na semana passada foram anunciados cancelamentos de última hora no Reino Unido, principalmente no aeroporto de Gatwick, o que indignou os passageiros.
Em junho, o sindicato britânico United lamentou a “falta de liderança” na companhia aérea e disse que Bellew deveria “assumir o controlo da situação”.
“A EasyJet continua absolutamente focada nas nossas operações diárias e continua a supervisionar a situação de perto, tendo adotado medidas preventivas para ter maior resiliência durante o verão devido à atual situação operacional”, disse a companhia aérea, acrescentando que continua a operar até 1.700 voos por dia, transportando 250.000 passageiros.