O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) revelou que a companhia europeia de baixo custo EasyJet decidiu cancelar previamente 384 voos à partida de aeroportos portugueses, tendo em conta o pré-aviso de greve lançado pela estrutura para o final de maio e início de junho.
Num comunicado divulgado nesta sexta-feira, dia 19 de maio, em Lisboa, o SNPVAC diz que, “como é de conhecimento geral”, declarou “pré-aviso de greve para os dias 26, 28 e 30 de maio, 1 e 3 de junho uma greve dos tripulantes de cabina da EasyJet” (LINK notícia relacionada).
“Devido à adesão de 100% dos tripulantes na última greve dos dias 1, 2 e 3 de abril, a EasyJet decidiu previamente proceder ao cancelamento massivo de voos: dos 458 voos originais a saírem das bases portuguesas de Lisboa, Porto e Faro, a companhia já cancelou previamente 384 voos, ou seja, 84% dos voos planeados”, garantiu.
Segundo a estrutura sindical, “a companhia percebe assim e confirma com estes cancelamentos saber do descontentamento vivido no seio” da classe.
“Esperemos que a empresa abandone a posição de ‘pagar para ver’ e de afirmar que ‘tem fundos para greve’, regressando à mesa das negociações com uma proposta realista e que permita o diálogo e a paz social”, destacou.
Está prevista para a tarde desta sexta-feira “uma reunião de mediação na DGERT [Direção Geral do Emprego e das Relações de Trabalho] entre o SNPVAC e a empresa sobre os serviços mínimos”, salientou.
A agência portuguesa de notícias ‘Lusa’ questionou a EasyJet, que remeteu para um comunicado que divulgou no dia 11 de maio e no qual diz ter ficado “extremamente desapontada” com a convocação da greve, garantindo que a “proposta atual do sindicato é impraticável” (LINK notícia relacionada).
“Estamos extremamente desapontados com a decisão do SNPVAC [Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil] de anunciar um novo aviso de greve, apesar de termos deixado clara a nossa disponibilidade para retomar um diálogo construtivo de forma a chegar a um acordo sustentável”, disse então a transportadora aérea.
“A proposta atual do sindicato é impraticável, especialmente tendo em conta que o que pagamos aos nossos trabalhadores está acima da média salarial nacional”, garantiu a companhia aérea.