EasyJet persegue objetivo de ser uma companhia pioneira na sustentabilidade

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A EasyJet anunciou na terça-feira, dia 19 de julho, no Farnborough Airshow 2022 (FIA), a sua parceria H2ZERO com a Rolls-Royce e a assinatura de uma Carta de Intenções com a Airbus, que surgem no seguimento da campanha global ‘Race to Zero’, apoiada pela ONU, onde a EasyJet se comprometeu a atingir emissões líquidas de carbono Zero até 2050.

O objetivo da parceria H2ZERO é demonstrar que o hidrogénio tem potencial para alimentar uma gama de aviões a partir de meados dos anos 2030. Ainda este ano, a EasyJet e a Rolls-Royce vão trabalhar em conjunto numa série de testes de motores de combustão de hidrogénio e do sistema de combustível no terreno, com a ambição comum de levar a tecnologia para o ar. Este acordo segue-se a um projeto de investigação que ambas as empresas iniciaram em 2021, desenvolvendo análises de mercado, especificações de condução, investigação de infraestruturas e requisitos regulamentares para apoiar a utilização de hidrogénio na aviação.

Já a Carta de Intenções que a EasyJet assinou com a Airbus destina-se ao apoio do desenvolvimento de uma tecnologia de remoção de carbono e a explorar oportunidades para um futuro fornecimento de créditos de remoção de carbono da tecnologia de captura direta do ar. ‘Direct Air Carbon Capture and Storage’ (DACCS) é uma tecnologia de alto potencial que captura o dióxido de carbono diretamente da atmosfera e depois armazena-o em segurança no subsolo, o que ajuda a contrariar as emissões de carbono de setores difíceis de reduzir, tais como a aviação. Como parte do acordo, a EasyJet comprometeu-se a participar em negociações sobre a possível pré-compra de remoções de carbono verificadas e duradouras, com início em 2025 e até 2028.

A EasyJet está entre as primeiras companhias aéreas do mundo a apoiar estas tecnologias em crescimento, reconhecidas como fundamentais para ajudar o mundo a ir além da mitigação das alterações climáticas e apoiar a realização de objetivos net-zero. Contudo, é essencial também que os governos reconheçam a contribuição das soluções de remoção de carbono para alcançar metas líquidas-zero e introduzir instrumentos políticos e incentivos financeiros para apoiar as tecnologias de emissões negativas, uma vez que só assim será possível torná-las viáveis e bem-sucedidas.

Recentemente, a companhia aérea de baixo custo anunciou a sua meta provisória de redução de carbono, uma melhoria de 35% na intensidade de emissões de carbono até 2035, em linha com a iniciativa de metas sectoriais de descarbonização baseadas na ciência (SBTi). A EasyJet está a trabalhar com parceiros em toda a indústria, incluindo a Rolls-Royce, Airbus, GKN Aerospace, Cranfield Aerospace Solutions e Wright Electric, em vários projetos dedicados a acelerar o desenvolvimento da futura tecnologia de aeronaves com emissões zero de carbono.

Sobre esta questão Johan Lundgren, presidente executivo da EasyJet, afirma:

“Sempre dissemos que são necessárias ações radicais para enfrentar o impacto climático da aviação, a fim de alcançar o zero líquido até 2050.

A tecnologia emergente da parceria H2ZERO tem o potencial de alimentar aeronaves da dimensão da frota da EasyJet, e é por isso que também iremos fazer um investimento de vários milhões de libras esterlinas neste programa. Juntamente com a Rolls-Royce, esperamos liderar a indústria para enfrentar este desafio de frente”.

“Descarbonizar um setor difícil de abater, como a aviação, é um enorme desafio, que nenhuma companhia aérea pode enfrentar sozinha e é ótimo ver a indústria a unir-se através da iniciativa da Airbus”, afirma, por seu lado, Jane Ashton, diretora da EasyJet para a Sustentabilidade.

“A captação direta de ar é uma tecnologia emergente com um enorme potencial, pelo que estamos muito satisfeitos por fazer parte desta importante iniciativa, que acreditamos ser essencial no nosso caminho para o net-zero, complementando outros componentes como o combustível de aviação sustentável (SAF), que tem um impacto líquido semelhante na redução de carbono, e ajudando-nos a neutralizar quaisquer emissões residuais no futuro “ , acrescenta Jane Ashton, citada num comunicado distribuído pela companhia aérea de matriz britânica.

 

 

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