A companhia europeia de baixo custo EasyJet anunciou nesta quarta-feira, dia 18 de julho, que vai, juntamente com a Ryanair e o grupo IAG, apresentar na próxima semana uma queixa à Comissão Europeia pelas recentes paralisações dos controladores aéreos, que já provocaram perdas de milhões de euros.
“Na próxima semana, vamos apresentar uma queixa à Comissão Europeia juntamente com a Ryanair e com o IAG [grupo International Airlines Group, que detém a British Airways, a Iberia e a Aer Lingus, entre outras]. Acreditamos que isto tem de ser posto na agenda”, afirmou Johan Lundgren, presidente executivo da EasyJet, que falava numa conferência de imprensa a bordo da nova aeronave A321neo, que foi apresentada na manhã desta quarta-feira, em Londres, no Farnborough AIrshow.
Apesar de notar que a companhia “não questiona o direito à greve”, Johan Lundgren sustentou que os controladores aéreos devem garantir “todos os voos”.
“Têm de fornecer serviços mínimos, as pessoas merecem isso”, vincou.
No trimestre que terminou em junho, a EasyJet registou irregularidades na sua operação, nas quais se incluem greves como a dos controladores aéreos, mas também questões como as condições meteorológicas adversas.
Ao todo, foram 2.606 os voos da EasyJet cancelados neste período, que comparam com os 314 do mesmo período de 2017.
De acordo com Johan Lundgren, estes cancelamentos geram uma “situação muito difícil” para a empresa.
“Nós investimos muito para tentar mitigar as consequências para os nossos passageiros”, assinalou, explicando que, mesmo quando os cancelamentos não são evitados, a EasyJet tenta arranjar soluções para os passageiros, como alojamento.
“Como exemplo, nós marcámos 70.000 quartos de hotel neste trimestre” a passageiros que ficaram nestas situações, apontou.
As receitas da EasyJet aumentaram 14% para 1,6 mil milhões de libras (1,8 mil milhões de euros) no terceiro trimestre fiscal, com a companhia a estimar um lucro anual entre 550 e 590 milhões de libras, isto é, entre 622 a 667 milhões de euros.