A companhia britânica de baixo custo easyJet anunciou que vai utilizar drones nas inspecções externas dos aviões e ‘óculos 3D de realidade aumentada’ que permitem ver à distância o que os pilotos estão a ver nas cabinas.
Em comunicado distribuído hoje à imprensa, a administradora executiva Carolyn McCall revela que a easyJet, após examinar e avaliar tecnologias revolucionárias em diferentes sectores, optou por ser pioneira na introdução de um conjunto delas na aviação com o objectivo de gerir mais eficazmente a frota.
“A vantagem destas tecnologias emergentes é a três níveis: liberta a nossa equipa de engenheiros para assumir tarefas mais exigente; mantém os nossos custos baixos, o que por sua vez mantém as nossas tarifas baixas; e ajudam a minimizar atrasos mantendo a nossa pontualidade líder para os nossos passageiros”, declarou.
Uma das novidades anunciada é a utilização de drones programados para inspeccionar os aviões e enviar a informação para as equipas de manutenção, actualmente em desenvolvimento e para entrarem ao serviço, em fase experimental, “nos próximos meses”.
Os drones podem ser “muito efectivos” nas inspecções e permitir que inspecções que normalmente levariam mais de um dia sejam feitas “num par de horas” e com “melhor precisão”, salientou o chefe de engenharia da easyJet, Ian Davies, enquanto o chefe da empresa ‘Aerial Robotics’ do Laboratório ‘Bristol Robotics’, parceiro da companhia no projecto, destacava que os drones podem inspeccionar lugares quase inacessíveis.
A utilização das tecnologias 3D ‘Virtual Reality’ e ‘Augmented Reality’, que também está nos planos da easyJet, vão permitir que no seu centro de controlo de operações em Luton, Londres, os engenheiros da companhia tenham “acesso directo a informação visual” do ‘cockpit’ de aviões que estão a milhares de quilómetros de distância, permitindo-lhes antecipar a resolução de problemas técnicos que surjam durante um voo.
Simultaneamente, a easyJet vai dotar as suas tripulações técnicas de ‘Panasonic Toughpads’, abandonando os tradicionais ‘laptops’ e os mapas de navegação em papel, bem como está a desenvolver uma ‘app’ que permitirão aos engenheiros mais rapidez na execução de algumas tarefas, uma das quais, disse, permite-lhes identificar que ‘lâminas’ de um reactor precisam ser substituídas depois de um ‘bird strike’, por exemplo.
Outro dos benefícios esperados é a erradicação do papel nos ‘cockpits’, que a easyJet salienta dizendo que por cada quilo de peso a menos na sua frota poupa cerca de 20 mil dólares por ano.
A easyJet indicou ainda estar a trabalhar na instalação de um sistema que diz ser a mais inovadora ferramenta de antecipação de falhas, com informação directa para o seu departamento de Engenharia e Manutenção enquanto os aviões estão em voo.
O sistema vai receber informação dos parâmetros dos aviões, aplicando-os a um esquema animado que permite aos seus engenheiros prever qualquer problema potencial e tomar as medidas para que sejam solucionados mal o avião aterre e estacione.