A construtora aeronáutica brasileira entregou no ano passado 32 jatos para o mercado da aviação comercial e 43 para o da aviação executiva, sendo 25 jatos leves e 18 jatos grandes, ao longo do quarto trimestre de 2016. Assim, a empresa encerrou o ano com 108 aeronaves entregues para o mercado da aviação comercial e 117 para o mercado de aviação executiva, sendo 73 jatos leves e 44 jatos grandes, cumprindo as estimativas informadas ao mercado ao longo do ano (de 105 a 110 jatos comerciais, de 70 a 80 jatos executivos leves e de 35 a 45 jatos executivos grandes).
O total de 225 aeronaves para esses dois mercados representa o maior volume de entregas dos últimos seis anos. Em 31 de dezembro, a carteira de pedidos firmes a entregar (backlog) totalizava 19,6 bilhões (mil milhões na Europa) de dólares norte-americanos.
“O ano de 2016 foi de grandes desafios na indústria aeroespacial devido a incertezas económicas e políticas em âmbito global. Em resposta a essa conjuntura, a Embraer está implementando ações importantes e fazendo ajustes para deixar a empresa bem posicionada em todos os segmentos em que atua”, afirma o diretor-presidente da Embraer, Paulo César de Souza e Silva. “No segmento de jatos executivos, por exemplo, já observamos uma presença maior dos jatos executivos de maior porte, o que indica um mix mais equilibrado”.
Na Aviação Comercial, os destaques do último trimestre de 2016 foram: a entrega do E-Jet de número 1.300 para a Tianjin Airlines, da China; o início das operações de E170 na Rússia com a S7 Airlines, que assinou um acordo com a GE Capital Aviation Services (GECAS) para o leasing de 17 jatos E170 usados; e a assinatura de um contrato com a United Airlines para a venda de 24 jatos E175, transferindo jatos que já estavam previamente alocados para a Republic Airways Holdings na carteira de pedidos da Embraer.
O programa pool de peças de reposição também continua crescendo: no trimestre, Eastern Airways, do Reino Unido, e Airlink, maior companhia aérea regional independente da África do Sul, assinaram contratos de integração.
Na Aviação Executiva, no último trimestre a empresa de propriedade compartilhada AirSprint, do Canadá, recebeu os dois primeiros jatos Legacy 450 do contrato de compra de até 12 aeronaves do mesmo modelo, anunciado em julho.
Na área de Defesa & Segurança, a Embraer atingiu em novembro mais uma importante etapa no desenvolvimento do cargueiro militar multimissão KC-390 ao receber o Certificado de Tipo Provisório para o Veículo Básico do KC-390, emitido pelo Instituto de Fomento e Coordenação Industrial – IFI, organização da Força Aérea Brasileira responsável pela certificação militar. Ele atesta que o KC-390, nessa configuração básica, cumpre os requisitos da certificação.
No mesmo mês de novembro, a Embraer inaugurou, em parceria com a Saab, empresa sueca de defesa e segurança, o Centro de Projetos e Desenvolvimento do Gripen (Gripen Design Development Network – GDDN), em Gavião Peixoto (no Estado de São Paulo). O GDDN será o hub de desenvolvimento tecnológico do caça Gripen NG no Brasil junto das empresas e instituições brasileiras parceiras.