A construtora brasileira de aviões Embraer está perto de ampliar a participação no mercado africano de aeronaves comerciais, com a entrada de um novo operador na família de jatos, confirmou a fábrica em nota enviada ao jornal económico ‘Valor’, que se publica na cidade de São Paulo.
A Fastjet, companhia aérea de baixo custo, que atua no continente africano desde 2012, está à procura de aviões Embraer E-190 no mercado de aeronaves usados. “Mesmo sendo produtos da Embraer, a negociação não envolve diretamente a Embraer” disse a construtora na nota. “Mas obviamente, seria mais um operador da família de E-Jets”, destaca a resposta à publicação económica.
Em entrevista à ‘Bloomberg News’, o presidente da Fastjet, Nico Bezuidenhou, afirmou que vai encerrar o leasing de três aviões Airbus A319, com até 145 lugares, para alugar três modelos da Embraer E-190, com capacidade para até 120 passageiros. A Fastjet tem uma frota de seis aeronaves, todas A319, e voa para destinos na África do Sul, Tanzânia, Zâmbia, Uganda, Zimbabué e Quénia.
Entretanto, refere o site ‘Defesa.net’, a Embraer não quis comentar uma informação publicada pela revista ‘Veja’ segundo a qual a construtora está perto de fechar a venda de mais dez aviões E-190 para a Royal Air Maroc. A companhia marroquina já é um integrante da família de E-Jets, operando atualmente quatro jatos E190 (nossa imagem).
Há 14 companhias aéreas na África que utilizam jatos comerciais da Embraer. Segundo o último estudo de projeções de demanda para o longo prazo, a Embraer estima que a África junto com a Europa vão adquirir 2,1 mil novos jatos regionais até 2025.