A Emirates e a Etihad, as duas das principais companhias aéreas do Médio Oriente, desmentiram esta semana uma notícia divulgada pela agência de notícias económico-financeiras norte-americana ‘Bloomberg’ que citava fontes não identificadas, dizendo que a Emirates iria assumir em breve o controle da Etihad para criar a maior companhia aérea mundial.
“Não há verdade nesse rumor”, disse uma porta-voz da Emirates à agência de notícias britânica ‘Reuters’. A Etihad fez depois uma declaração semelhante.
A Emirates é propriedade do governo de Dubai, enquanto a Etihad é controlada pelo governo da do vizinho Emirado do Abu Dhabi, que devido à exploração petrolífera é o membro mais rico dos Emirados Árabes Unidos.
Ambas as companhias aéreas, que cresceram rapidamente no início desta década, enfrentaram pressões financeiras nos últimos dois anos devido à forte concorrência no setor e a uma desaceleração económica regional devido aos baixos preços do petróleo.
No início deste ano, as duas empresas assinaram acordos para cooperar em algumas áreas, como um acordo sob o qual os pilotos da Etihad podem se unir à Emirates temporariamente por dois anos.
Uma fonte próxima da Etihad disse à ‘Reuters’ na última quinta-feira, dia 20 de setembro, que, embora uma fusão possa ocorrer no futuro, o Abu Dhabi não abandonaria rapidamente o controlo de sua companhia aérea e marca, especialmente depois de ter investido muitos milhões de dólares no aeroporto internacional e outras infraestruturas de aviação do Emirado.
A Emirates é muito maior que a Etihad. A sua frota de 268 aviões Airbus A380 e Boeing 777 em 31 de março é aproximadamente três vezes maior que a da Etihad, medida pelo número de aviões.