A Emirates Airlines deslocou a Lisboa uma equipa de recrutamento para um primeiro contacto com pilotos portugueses interessados em ir trabalhar com a companhia do Dubai, que é hoje uma das maiores empresas aéreas do mundo e que nesta semana “foi considerada a melhor companhia aérea de 2014 pelas mais de 90 mil avaliações de clientes da ‘OTA Edreams’ ao redor do mundo”.
Na capital portuguesa o comandante Michael Keating, director do departamento de selecção de pilotos, e Mandy Jane Kelly, técnica de recrutamento da Direção de Operações de Voo da companhia dos Emiratos Árabes Unidos, receberam os candidatos numa sala do Hotel Sofitel Liberdade Lisboa, na sexta-feira, dia 23 de Janeiro. Com a ajuda de material audiovisual, os dois responsáveis da Emirates explicaram, em termos gerais, o que espera os candidatos, nomeadamente a dimensão da companhia e as condições de trabalho, que além de um atractivo pacote salarial, inclui ainda outros benefícios, nomeadamente habitação para o piloto e família, assim como uma comparticipação importante na educação dos filhos ou crianças a cargo do agregado familiar.
A reunião, com uma participação de diversos pilotos nacionais e de alguns que representavam grupos de interessados, decorreu num ambiente de descontracção e de grande abertura, tendo os eventuais candidatos sido esclarecidos acerca de algumas questões básicas ou dúvidas mais recorrentes.
Foi-lhes solicitado o preenchimento de uma ficha de assistência/presença e depois sugerido que prosseguissem com o processo de candidatura fazendo a sua inscrição on-line no site da companhia.
A Emirates vai receber nos próximos anos 238 aviões novos, no valor de 138 mil milhões de dólares. Desses 83 serão Airbus A380 (presentemente tem 57 na sua frota e já a companhia que opera com mais aviões SuperJumbo da construtora europeia). Os restantes são da Boeing, modelos B777-300 e B777-8. Neste momento a companhia está a proceder ao ‘phase-out’ de 21 aeronaves Airbus A330-200 e mais nove aparelhos A340, versões 300 e 500, anunciou o comandante Michael Keating aos presentes nesta sessão de esclarecimento para pilotos portugueses.
Para que a companhia possa assegurar o previsto nível de crescimento, serão admitidos neste ano de 2015 cerca de 500 novos pilotos, recrutados em todo o mundo. A Emirates tem hoje tripulantes de 90 países.
O comandante Michael Keating, director do departamento de selecção de pilotos, e Mandy Jane Kelly, técnica de recrutamento da Direção de Operações de Voo da companhia dos Emirados Árabes Unidos, fotografados no Sofitel Lisboa Liberdade, onde decorreu o encontro com os portugueses candidatos a lugares de pilotos.
Haverá nova selecção no Brasil no decorrer deste ano
Michael Keating disse ao ‘Newsavia’ que depois de Portugal, a Emirates fará uma sessão de esclarecimento no Brasil ainda ano decorrer deste ano, possivelmente na cidade de São Paulo, onde espera recolher muitas inscrições de pilotos que pretendem voar nos cockpits dos modernos aviões da Emirates.
Recorde-se que a companhia árabe tem um assinalável número de pilotos que falam português, não só de Portugal, com um número ainda pouco expressivo, mas também do Brasil. Quanto a Varig fechou portas, em 2006, a Emirates contratou cerca de 60 pilotos da ex-Varig, muitos dos quais ainda se encontram a voar na companhia do Dubai.
Os pilotos que forem selecionados para a fase seguinte deverão receber resposta muito rápida após o início do efectivo processo de selecção. Normalmente demora um máximo de dois dias. Serão convidados a se deslocarem ao Dubai onde serão submetidos a diversos testes e exames médicos. Se passarem esta fase terão três meses de treino e qualificações já no avião em que, normalmente, irão voar no futuro. Ao serem admitidos, mesmo que tenham ocupado postos de comando noutras companhias aéreas, entrarão sempre para o lugar de ‘First Officer’, designação que, de uma forma geral, em português se designa por co-piloto.
Fotos: André Garcez©, especial para o Newsavia.