A TAP Manutenção Brasil, empresa que sucedeu à VEM Manutenção e Engenharia, empresa adquirida pelos portugueses, aquando da falência da Varig, está a ser reestrutura e, neste momento, está praticamente limpa de dívidas, afirmou ontem, dia 19 de Novembro, o presidente executivo do grupo aéreo português.
Fernando Pinto falava à margem do Congresso Nacional da APDC – Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações, que decorre entre ontem e hoje em Lisboa. O responsável pela companhia de bandeira portuguesa referiu também que agora a empresa está no bom caminho, como uma gestão mais equilibrada e com mais clientes.
Recorde-se que a TAP procedeu a uma reestruturação muito grande da empresa de manutenção no Brasil, com oficinas em Porto Alegre e no Rio de Janeiro, em que, como noticiámos há poucos dias (LINK para notícia relacionada), foi negociada a saída de muitas centenas de funcionários considerados supranumerários na nova estrutura.
“Os resultados são muito bons”, afirmou o presidente da TAP, acrescentando que a TAP Manutenção Brasil “é uma empresa que vem crescendo a sua faturação a cada ano em 15% e isso tem influenciado o seu EBITDA. O volume de contingências caiu para 20-25% face há três anos, e a sua dívida para com o Estado brasileiro já não existe mais”, afirmou hoje Fernando Pinto à margem do Congresso da APDC.
O presidente da TAP explicou que a empresa aproveitou “uma oportunidade” para ajudar a consolidar as contas do braço deficitário do Brasil através do pagamento de 20% da dívida diretamente e o resto com créditos fiscais, num montante que ronda os 70 e poucos milhões de euros, com um dispêndio de tesouraria de 20 milhões. A explicação está na edição online do portal de economia ‘Dinheiro Vivo’, publicação ligada a um dos maiores grupos de informação portugueses.
A antiga VEM tem sido o maior problema da TAP penalizando todos os anos as contas do Grupo. No entanto, a empresa garante que em 2015 o balanço será mais sólido e cada vez menos endividado.
Este reforço interessa especialmente ao próximo dono da companhia aérea, uma vez que o governo pretende vender a TAP em bloco, ou seja alienar 66% do total de empresas que formam o grupo.
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