A empresa multinacional de handling e logística aeroportuária NAS – National Aviation Services assinou uma parceria público-privada com o Governo da República da Guiné-Bissau e instalou-se desde o passado dia 7 de junho no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, que serve a capital da antiga colónia portuguesa.
A NAS, que tem origem no Kuwait, tem presença em diversos aeroportos do Médio Oriente e da África, assistindo um total de mais de 100 companhias aéreas e gerindo cerca de 50 salas de espera em aeroportos.
O contrato com as autoridades da Guiné-Bissau tem a validade de 10 anos e foi assinado com o Ministério dos Transportes e Comunicações em setembro de 2020. Esta é a primeira parceria público-privada do género no país entre o governo e uma empresa privada estrangeira.
Nos termos do contrato, a empresa kuwaitiana assistirá as companhias aéreas TAP Air Portugal, Royal Air Maroc, Euro Atlantic Airways, Air Senegal e Asky Airlines, entre outras transportadoras que operam no hub de Bissau.
Como parte do compromisso da NAS com o país, a empresa – que detém as certificações ISAGO, ISO, OHSAS e RA – investirá também no desenvolvimento de infra-estruturas, equipamento, tecnologia e capital humano.
“Com a pandemia, o ano passado foi um desafio excepcional para nós, mas continuamos confiantes no potencial de desenvolvimento da África. A adição da Guiné-Bissau à nossa rede reforça ainda mais a nossa presença na África Ocidental, onde se situa o nosso centro africano”, comentou Hassan El-Houry, presidente e diretor-geral do Grupo NAS. “O nosso objectivo a longo prazo continua a ser a melhoria da indústria aeronáutica africana, a fim de contribuir para a sua prosperidade económica”.
Até à entrada da NAS na Guiné-Bissau, os serviços de handling no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, único operacional no País, eram prestados pela empresa pública nacional SAA – Serviços de Assistência Aeroportuária, que nos últimos meses do ano passado, registou problemas com greves de trabalhadores, face aos atrasos de alguns meses no pagamento de salários. O assunto foi encerrado com a negociação do governo com a empresa do Kuwait, que assumiu a maior parte dos trabalhadores.