Empresário português era passageiro no avião apreendido com droga na Bahia (Brasil)

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Um empresário português bastante conhecido no norte do País, que era passageiro num avião executivo de matrícula portuguesa, apreendido com 578 quilogramas de cocaína, no passado dia 9 de fevereiro, no Aeroporto Internacional Deputado Luiz Eduardo Magalhães, na cidade de Salvador, capital do Estada da Bahia, no nordeste do Brasil, será ouvido nos próximos dias pela Polícia Federal.

A notícia foi revelada nesta quinta-feira, dia 18, pelo portal brasileiro de notícias de aviação ‘Aeroin’, que adianta que “não há evidências, no momento, que liguem o português com as drogas”.

Como então noticiámos o jato executivo Dassault Falcon 900, matrícula CS-DTP, da empresa portuguesa Omni Aviação, também com negócios no Brasil ligados à aviação e transporte aéreo, foi apreendido pela Polícia Federal do Brasil em Salvador após denúncia anónima. A aeronave tinha descolado, dois dias antes do Aeroporto de Jundaí, no interior de São Paulo. Foi interpelada pelas autoridades policiais, para uma inspeção à carga, quando se preparava para descolar na Bahia. Uma viagem supostamente com destino ao Aeródromo Municipal de Cascais, com escala em Cabo Verde, mas que não tinha sido autorizada pelo Governo Português, segundo declarou o ministro dos Negócios Estrangeiros em Lisboa.

Na passada quinta-feira, dia 18, o canal televisivo português SIC revelou que João Loureiro, um passageiro bem conhecido nos meios desportivo, policial e político em Portugal iria embarcar no jato na Bahia.

Em entrevista à SIC, João Loureiro afirmou que não sabia da droga, apesar de ter viajado no mesmo jato. Também disse que “está a viver um autêntico filme no Brasil”.

O dirigente português continua em Salvador da Bahia, pois aguarda ser ouvido pela Polícia Federal, mas nega qualquer envolvimento com o caso e aponta que o avião não era dele, e sim de uma empresa privada, no caso a Omni.

Entretanto em Portugal, o jornal ‘Correio da Manhã’ indicou na quinta-feira passada, dia 18, que o outro passageiro era um cidadão espanhol que estava referenciado pelas autoridades policiais portuguesas, por suposto envolvimento em atividades ilícitas.

João Loureiro afirma que terá se deslocado ao Brasil para falar com uma empresa brasileira do sector imobiliário que pretendia contratá-lo como consultor, adianta o jornal.

Entretanto, uma nova notícia do ‘Correio da Manhã’ publicada nesta sexta-feira, dia 19 de fevereiro, liga o aluguer do avião ao transporte de um jogador de futebol e outros empresários do sector.

O avião continua apreendido e competirá às autoridades judiciais brasileiras, na sequência das investigações policiais e eventual julgamento do processo judicial, decidir o seu destino.

 

Recorde-se que, em outubro de 2004, um jato executivo ‘Citation X’, de matrícula sul-africana, que estava ao serviço de uma empresa de aviação executiva portuguesa, subsidiária da extinta Air Luxor, então alugado pela empresa TAC – Transportes Aéreos do Centro, foi apreendido no Aeroporto Internacional de Caracas, na Venezuela, também com uma carga de 386,4 quilogramas de cocaína, embaladas em 12 malas de viagem. Além do processo que decorreu nos tribunais venezuelanos, com penas de prisão para alguns dos envolvidos – portugueses e venezuelanos –, o avião foi dado como perdido para o Estado Venezuelano e ficou ao serviço das Forças Armadas Bolivarianas, baseado na Base Aérea de La Carlota, no centro da cidade de Caracas. Nem os proprietários do avião, nem os seus arrendatários, que não estiveram envolvidos no ilícito criminal de tráfico de drogas, conseguiram reaver a aeronave.

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